“Há quem persista em jogar por fora”
PINTO DA COSTA DENUNCIA NA REVISTA ‘DRAGÕES’ Presidente pretende que os jogos “sejam decididos apenas pelos intervenientes diretos”
Seis décadas decorreram desde o célebre caso Calabote, que envolveu um árbitro que foi acusado de favorecer o Benfica na última jornada do campeonato de 1958/59, e Jorge Nuno Pinto da Costa não deixou passar a data em claro. Na página que assina na revista ‘Dragões’, o presidente do FC Porto recordou o episódio, que não impediu os azuis e brancos de garantirem o título, com Béla Guttmann ao leme, e teceu uma ligação à atualidade do futebol português, apontando que “há quem persista em jogar por fora”. “Este mês cumpriram-se 60 anos do nosso título de Torres Vedras, o célebre campeonato do Calabote e que esta edição recorda, uma conquista que ainda hoje é um exemplo dos obstáculos que o FC Porto tem de enfrentar, muitas vezes muito mais difíceis de ultrapassar do que o valor dos nossos adversários. Seis décadas depois não podemos dizer que as artimanhas sejam uma recordação longínqua, porque infelizmente os últimos anos mostraram como há quem persista em jogar por fora”, começou por dizer, detalhando que celebrou “com entusiasmo o título nacional”. Frisando que continua “a estar presente em todos os jogos do FC Porto”, algo que já sucedia em 1959, tendo estado na partida de Torres Vedras, o líder azul e branco lançou o repto para o que falta jogar do campeonato, deixando também um desejo que configura um aviso à navegação perante a turbulência que ameaça instalarse na fase decisiva da competição, tornando-se cada vez mais incisiva a troca de acusações entre rivais. “Faltam dois meses para terminar a época e vamos lutar nesta reta final para atingir os nossos objetivos, com o desejo de que os jogos sejam apenas decididos pelos intervenientes diretos”, apelou. *
“FALTAM DOIS MESES PARA TERMINAR O CAMPEONATO E VAMOS LUTAR NA RETA FINAL PARA ATINGIR OS OBJETIVOS”