De bem com a vida
Bruno Varela foi titular na baliza do Benfica durante uma temporada quase inteira e, ao contrário de uma ideia que se formou na cabeça de muita gente, esteve muito longe de ser um dos principais responsáveis pelo falhanço no ataque ao penta. Ficou na memória de todos um grande frango numa derrota no Bessa, mas todos os que jogaram depois dele – Vlachodimos incluído – cometeram mais erros. Acabou a época e passou de titular a terceiro guarda-redes, atrás daquele que era o seu suplente. Visto de fora, é difícil não achar que foi injustiçado. Mas o discurso que apresenta, e que pode ser lido na excelente entrevista do Valter Marques nas páginas de abertura deste jornal, é de uma pessoa de bem com a vida. É a melhor justiça que Bruno Varela pode fazer a si próprio: estar feliz e de bem com a vida.
Pedro Proença foi o presidente da Liga responsável pelo acordo histórico que abriu caminho à reintegração do Gil Vicente, clube que é vítima de uma tremenda e incompreensível injustiça há 13 anos – e será uma vergonha se a reintegração for de novo adiada. Mas os fins nem sempre justificam os meios e a existência de dois contratos, em que um deles, secreto, anulava cláusulas fundamentais do primeiro, é incompreensível. A FPF, que tem de pagar a indemnização ao Gil Vicente, devia ter sido sempre um parceiro da negociação.