LEOAS GANHAM DÉRBI POR MOÇAMBIQUE
No primero duelo no feminino, o importante era angariar fundos, mas águias e leoas brilharam
Quando um país inteiro se junta para apoiar um irmão, as cores não interessam. Benfica e Sporting deram as mãos para ajudar Moçambique e, com o espetáculo que proporcionaram ontem, águias e leoas conseguiram provar que o futebol feminino português está bem, mostrar que o campeonato será ainda mais competitivo e, principalmente, angariar receitas para ajudar quem mais precisa.
Por ser um jogo solidário, muito se disse que o resultado era o que festa das leoas quando Joana Marchão marcou o golo da vitória mostrou a importância desta partida para todos os envolvidos. A primeira parte não teve golos, mas não foi por falta de tentativas. A estrela mais brilhante dos primeiros 45 minutos foi Patrícia Morais, que, com várias grandes defesas – parada monumental para evitar o golo de Sílvia Rebelo, aos 22’ -, travou o Benfica, que foi a equipa mais perigosa. Se de um lado estava uma leoa a defender que se fartava, do outro foram os ferros a evitar o pior. No mesmo lance, Ana Capeta, ao poste, e Fátima Pinto, à barra, ficaram a pensar como não marcaram. Sílvia Domingos apitou para o intervalo com o Sporting por cima. As duas equipas voltaram cheias de vontade, mas foi, novamente, o Benfica a assumir o jogo. Teve oportunidades para chegar à vantagem, mas a pontaria e, principalmente, os postes não estavam a deixar. Com as encarnadas a desperdiçar, aproveitaram as verdes e brancas. Com mais frescura, o Sporting tentou um último ‘forcing’ e a defesa do Benfica acabou por ceder. Tayla derrubou Tatiana Pinto dentro da área e Joana Marchão não vacilou, dando a vitória à equipa de Nuno Cristóvão.
Recorde de assistência
Não poderia haver melhor dia para bater o recorde de assistência de um jogo de futebol feminino em Portugal. Estiveram no Restelo a apoiar (as suas equipas e Moçambique) 15.204 pessoas, batendo o antigo registo de 12.213 espectadores, na final da Taça de Portugal de 2017, entre Sporting e Sp. Braga. *