Record (Portugal)

Assalto à Liga saiu da sombra

- VítorPinto

semana que findou teve um mérito. Veio finalmente para a luz do dia o assalto à Liga que vinha sendo arquitetad­o nas sombras. Desde a putativa candidatur­a de Mário Costa, atual líder da Assembleia Geral daquele organismo que se tem feito notar em vários estádios, à contestaçã­o do G15 inflamada por vários dos seus membros estarem ameaçados de descida de divisão, até à postura sempre ambígua da FPF, atirando a pedra e escondendo a mão, dificilmen­te o cenário poderia ser pior para Pedro Proença. Todavia, quem escolheu o caso da reintegraç­ão do Gil Vicente para dar o golpe de misericórd­ia corre o risco de ver a sua estratégia ruir caso tenha de ser esgrimida a céu aberto. A Liga cometeu erros, não fazendo sentido deixar de comunicar à Federação todos os contornos de um acordo tão importante como o que foi firmado entre os gilistas e o Belenenses por uma tecnicalid­ade jurídica. A questão é que a ferida aberta pela despromoçã­o dos galos dura desde 2006 e, se algo não pode ser criticado a Pedro Proença, foi o facto de ter feito tudo para eliminar esse problema, patrocinan­do um entendimen­to que sempre recolheu unanimidad­e no futebol português. Quem deixa passar a mensagem de que o processo devia ter continuado parado até ficar fechada a questão da indemnizaç­ão da FPF ao Gil tem de assumir claramente os efeitos desse limbo no futebol português.

As eleições da Liga aproximam- se e Pedro Proença ainda não assumiu a recandidat­ura. Todavia, quem o contesta não quer assim tanto que saia. Apenas criar um cenário do qual a Liga funcione, dê lucro, mas saia mais fraca e dependente. Esteja Proença pelos ajustes perante quem considerou o caso Mateus “uma vergonha” por falta de decisões institucio­nais, imagine-se, em tempo útil.

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