Record (Portugal)

O DÉRBI SEGUNDO

O HOMEM QUE SÓ PERDEU TRÊS DOS 23 DUELOS QUE DISPUTOU DÁ A TÁTICA PARA ESTA NOITE

- ANTEVISÃO DE VÍTOR ALMEIDA GONÇALVES

“Equipas vão ter de lançar os trunfos todos” “João Félix é mais fácil de anular do que Bruno Fernandes” “Benfica tem alguma vantagem” “Pressão fora de campo influencia resultados. Isto tem de acabar”

MUITO MAIS DO QUE UM JOGO No resultado estará a diferença entre ir ao Jamor ou ter de cumprir calendário até maio

Um dérbi nunca é só um jogo e o desta noite, em Alvalade, tem impacto para lá do óbvio, que é o lugar na final do Jamor.

Do lado do Sporting, pela oportunida­de de restaurar o orgulho e acabar a época a discutir um título, no mesmo palco onde chorou o drama do ataque à Academia, em maio de 2018. Do lado do Benfica, o fator anímico também estará em causa, numa fase em que a equipa luta pelo título. Ganhar ou perder será a diferença entre uma descarga de energia positiva, uma palavra tão apreciada por Marcel Keizer, ou um súbito corte de corrente, que pode ter custos irreversív­eis. Para as águias, porque pode repercutir-se no moral do grupo. Para os leões, que estão em desvantage­m mas têm a eliminatór­ia ao alcance, porque é inevitável a sensação de que ficam obrigados a cumprir calendário até maio, por muito que matematica­mente ainda tudo seja possível na Liga. Sem Bas Dost, lesionado, e com Ristovski convocado, mas formalment­e a cumprir castigo, os holofotes vão estar sobre Bruno Gaspar e Luiz Phellype. Marcel Keizer não afastou a hipótese de recuperar o 3x4x3, aproveitan­do o regresso de Ilori. Ainda assim, o holandês deverá optar pelo modelo mais consolidad­o, o 4x3x3, procurando tirar partido do grande momento de Bruno Fernandes. E não é de mais lembrar que se o leão está ‘vivo’ na Taça deve-o inteiramen­te ao médio. *

Defesa

A entrada de Bruno Gaspar para o lugar de Ristovski é a única novidade em perspetiva. O lateral tentará exorcizar os fantasmas das últimas (más) exibições.

Meio-campo

A dinâmica deste sector dependerá (muito) do sistema tático: o 4x3x3 habitual, assente no triângulo Gudelj-Bruno-Wendel, ou o 3x4x3, menos rotinado mas capaz de tornar as movimentaç­ões, individuai­s e coletivas, mais imprevisív­eis.

Ataque

É um Sporting órfão de Bas Dost, mas já o era antes, devido ao mau momento do holandês. Titular na Luz, Luiz Phellype reencontra o Benfica moralizado por dois golos em Chaves. Raphinha e Acuña (também) estão muito confiantes.

Ataque

Seferovic regressou à equipa contra o Tondela e, saltando do banco, ofereceu a vitória. Agora, deverá fazer descansar Jonas a pensar no jogo no terreno do Feirense. Nas alas, Pizzi e Rafa devem manter-se no apoio ao suíço e a João Félix.

Meio-campo

No centro do ‘miolo’ reside talvez a maior dúvida no que ao onze inicial das águias diz respeito. Fejsa está de volta aos convocados, apesar de Samaris só ter cumprido 45’ ante o Tondela. A rendição pode fazer-se no decorrer do dérbi.

Defesa

Svilar assume o lugar que tem sido seu em todos os jogos das taças, mas a grande novidade é o regresso de Jardel. O capitão volta à parceria com Rúben Dias no eixo.

 ??  ??
 ??  ??
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal