Record (Portugal)

DANILO SELA JAMOR

Os dragões selaram o apuramento para o Jamor com uma exibição fraca. Conceição mexeu muito e os arsenalist­as causaram calafrios

- CRÓNICA DE RUI SOUSA

SÉRGIO CRITICA JOGADORES “Viemos cá passear as camisolas” SALVADOR ATIRA- SE AOS ÁRBITROS E FALA EM CRIMINOSOS INFILTRADO­S

Três

anos depois, o FC Porto volta ao Jamor, tendo deixado pelo caminho precisamen­te o mesmo adversário que o derrotou de forma dramática na última presença na final da Taça de Portugal, no desempate por penáltis. Os portistas selaram um apuramento há muito anunciado, por força da vantagem de três golos que alcançaram no jogo do Dragão, mas não o fizeram com a mesma qualidade da primeira mão, nem sequer com a raça que colocaram em campo no duelo do campeonato, no último sábado. E dificilmen­te o poderiam repetir, devido às muitas alterações promovidas por Sérgio Conceição e à menor qualidade das peças que entraram em campo. Com o calendário a não dar tréguas e confiante na tal vantagem conseguida na Invicta, o técnico dos dragões assumiu o risco e voltou a Braga com uma equipa virada do avesso, com sete mexidas a abranger todos os sectores, da baliza ao ataque. Se com adversário­s de menor dimensão já se havia notado dificuldad­es, perante uma equipa de topo do futebol português foi um suplício em determinad­os momentos do jogo. A necessidad­e de gerir recursos e a vontade de dar minutos a jogadores menos utilizados foi um fracasso e Conceição não escondeu a sua desilusão no final. Do outro lado, Abel Ferreira manteve praticamen­te a mesma estrutura que utilizou na Liga, tendo feito apenas três alterações, uma delas na frente de ataque, colocando o goleador Paulinho no lugar de Dyego Sousa, e não estranhou que desde cedo tenha assumido as rédeas do jogo, exercendo uma pressão de tal forma sufocante que não deixou o FC Porto sair a jogar com critério. As oportunida­des sucederam-se, houve lances polémicos junto da baliza de Fabiano, até que Paulinho aproveitou mais um deslize de Felipe para marcar, deixando os dragões em sentido para a segunda parte. Com Fabiano a tremer nos cruzamento­s e o meio-campo e os extremos a não darem proteção aos laterais Maxi e Manafá, o FC Porto ficou exposto à bravura dos arsenalist­as e ao intervalo não seria escândalo para ninguém que a eliminatór­ia estivesse empatada...

Só um remate

Com a sua equipa à deriva e sem sinais de poder inverter a tendência do jogo, Conceição lançou Otávio para equilibrar a meio-campo, colocando a equipa em 4x3x3. Os dragões sacudiram um pouco a pressão, mas de forma alguma conseguira­m aproximar-se do

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MINHOTOS BEM TENTARAM, MAS...
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