Record (Portugal)

SEGREDO DE KEIZER ESTEVE NOS DETALHES

- JOÃO LOPES E RICARDO GRANADA

AO TERCEIRO DÉRBI... FOI MESMO DE VEZ Entrada ‘de leão’ e maior disponibil­idade física contaram, mas o fator motivacion­al foi a chave

O terceiro dérbi da época entre Marcel Keizer e Bruno Lage pendeu, por fim, para o campo do técnico leonino. Um momento que, por um lado, veio confirmar a boa série do Sporting - há cinco jogos seguidos a vencer - e que por outro afastou o fantasma dos lenços brancos, que o holandês chegou a ver há cerca de dois meses, após a derrota caseira com o Villarreal. Qual foi, então, a chave do sucesso? Como o próprio frisou

PALESTRAS DO HOLANDÊS, NO PRÉ-DÉRBI E AO INTERVALO, INCIDIRAM ESPECIALME­NTE NOS ASPETOS ‘INVISÍVEIS’ DO JOGO

após o jogo, não houve surpresas táticas; o que pesou, sim, na balança, foi o trabalho ‘invisível’ feito nas últimas semanas, durante a paragem para as seleções, ao nível psicológic­o.

Aliás, esta foi uma ideia sublinhada pelo próprio no rescaldo do dérbi, optando por valorizar os fatores motivacion­ais sobre os técnicos. “Não posso dizer porque ganhámos este e perdemos os outros. A nossa exibição teve muita energia e comprometi­mento. O espírito dos jogadores foi mais importante do que a tática”, salientou. Um conjunto de razões mentais que podem até parecer insignific­antes, mas que, sabe

têm vindo a ser constantem­ente sublinhada­s por Keizer ao plantel em cada palestra, inclusivam­ente ao intervalo da partida das ‘meias’ da Taça de Portugal.

Record, Começar a vencer... na defesa

A entrada desinibida da equipa em campo alavancou a exibição intensa que se seguiu, com especial incidência na forma como o tridente ofensivo pressionou a primeira fase de construção das águias, fruto da maior frescura física conquistad­a pelo plantel na recente paragem competitiv­a. Certo é que a vitória dos verdes e brancos começou a ser construída a partir... de trás. Com efeito, o Sporting da era Keizer conseguiu manter a baliza inviolada apenas pela 7º vez em 29 jogos. Para tal, contribuiu, em grande parte, a exibição ‘transfigur­ação’ de Gudelj, que depois de um rol de exibições mais apagadas conseguiu ser o ‘tampão’ à frente da linha mais recuada e, ao mesmo tempo, conseguiu construir entre a pressão das águias.

Por fim, não menos importante o ‘olho’ de Keizer que, ao antes ter assumido que o leão ia jogar para vencer, reforçou a intenção com as entradas de Ilori e Diaby e fez voltar o sistema de três defesas: Minutos depois, o leão... marcou. *

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ALEGRIA. Keizer não conteve satisfação com a vitória
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