SEGREDO DE KEIZER ESTEVE NOS DETALHES
AO TERCEIRO DÉRBI... FOI MESMO DE VEZ Entrada ‘de leão’ e maior disponibilidade física contaram, mas o fator motivacional foi a chave
O terceiro dérbi da época entre Marcel Keizer e Bruno Lage pendeu, por fim, para o campo do técnico leonino. Um momento que, por um lado, veio confirmar a boa série do Sporting - há cinco jogos seguidos a vencer - e que por outro afastou o fantasma dos lenços brancos, que o holandês chegou a ver há cerca de dois meses, após a derrota caseira com o Villarreal. Qual foi, então, a chave do sucesso? Como o próprio frisou
PALESTRAS DO HOLANDÊS, NO PRÉ-DÉRBI E AO INTERVALO, INCIDIRAM ESPECIALMENTE NOS ASPETOS ‘INVISÍVEIS’ DO JOGO
após o jogo, não houve surpresas táticas; o que pesou, sim, na balança, foi o trabalho ‘invisível’ feito nas últimas semanas, durante a paragem para as seleções, ao nível psicológico.
Aliás, esta foi uma ideia sublinhada pelo próprio no rescaldo do dérbi, optando por valorizar os fatores motivacionais sobre os técnicos. “Não posso dizer porque ganhámos este e perdemos os outros. A nossa exibição teve muita energia e comprometimento. O espírito dos jogadores foi mais importante do que a tática”, salientou. Um conjunto de razões mentais que podem até parecer insignificantes, mas que, sabe
têm vindo a ser constantemente sublinhadas por Keizer ao plantel em cada palestra, inclusivamente ao intervalo da partida das ‘meias’ da Taça de Portugal.
Record, Começar a vencer... na defesa
A entrada desinibida da equipa em campo alavancou a exibição intensa que se seguiu, com especial incidência na forma como o tridente ofensivo pressionou a primeira fase de construção das águias, fruto da maior frescura física conquistada pelo plantel na recente paragem competitiva. Certo é que a vitória dos verdes e brancos começou a ser construída a partir... de trás. Com efeito, o Sporting da era Keizer conseguiu manter a baliza inviolada apenas pela 7º vez em 29 jogos. Para tal, contribuiu, em grande parte, a exibição ‘transfiguração’ de Gudelj, que depois de um rol de exibições mais apagadas conseguiu ser o ‘tampão’ à frente da linha mais recuada e, ao mesmo tempo, conseguiu construir entre a pressão das águias.
Por fim, não menos importante o ‘olho’ de Keizer que, ao antes ter assumido que o leão ia jogar para vencer, reforçou a intenção com as entradas de Ilori e Diaby e fez voltar o sistema de três defesas: Minutos depois, o leão... marcou. *