“Benfica entregou protesto”
O caso Benfica foi bem gerido pela FTP ou deveria ter defendido a alteração dos regulamentos? VR – A questão foi mal interpretada. Defendo totalmente aquilo que foi a decisão da arbitragem, o regulamento é taxativo, não há muito por onde fugir. O ano passado tivemos um caso similar, quanto à regra do horário de colocação do material no parque de transição. Mas sempre houve flexibilidade com os atletas que se deslocam por exemplo de Faro para irem competir ao Sabugal. Chegam 5/10 minutos atrasados. Nesse dia foi apresentada uma reclamação, os regulamentos passaram a ser cumpridos à risca. Na questão dos dorsais percebe-se também que os atletas cheguem à meta sem ele porque o perderam. Mas face à posição de alguns clubes, os árbitros cumpriram igualmente o regulamento.
De que maneira se poderiam acautelar nos regulamentos estas situações?
VR – Tem de ser devidamente estudado, mas pode ser criado no regulamento uma nuance para o atleta que, sendo obrigado a andar com o dorsal, o perca e não tenha forma de o recuperar...
O Benfica chegou a avançar com um protesto?
VR – Na altura apresentou um e agora fez chegar um outro ao Conselho de Disciplina, que está para análise. Mais do que isso não sei... Apreparação para Tóquio’2020 não está posta em causa, face às dificuldades financeiras?
VR – De maneira nenhuma. Fizemos um esforço para integrar atletas no Projeto Olímpico, e dentro das nossas possibilidades todas as necessidades dos atletas de topo têm sido garantidas. A nossa relação com os atletas e os treinadores é muito próxima. Temos feito um esforço enorme em diferente áreas para que, quando chegarmos a Tóquio, não estejamos a lamentar não termos investido nos anos anteriores, mas sim congratularmo-nos por tudo ter sido feito. Os resultados vêm depois.
Em Tóquio’2020 voltaremos a ter uma atleta feminina nos JO? VR – Nesta fase o grande objetivo é
“DEFENDO TOTALMENTE A DECISÃO DA ARBITRAGEM, O REGULAMENTO É TAXATIVO, MAS SEMPRE HOUVE FLEXIBILIDADE”
ter a estafeta mista nos JO e há várias formas de a qualificarmos. Numa delas, estamos atrasados em 250 pontos para garantir que a Helena Carvalho esteja dentro da qualificação individual, estamos a falar de um top 10 numa Taça do Mundo. A fechar o 1º período de qualificação, estamos muito bem posicionados com o João Pereira, o João Silva e a Melanie Santos. O foco é então qualificar a segunda atleta feminina, de forma individual ou pela estafeta mista. *