Record (Portugal)

NÚMEROS QUE NÃO ENGANAM

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tou’ desde 2014, com uma subida de 107%, sendo o peso dos escalões de formação enorme: quatro em cada cinco jogadoras (de um universo de 5.447) ainda estão nessa etapa da carreira. Estamos, então, diante apenas do início. Damos a palavra a Mónica Jorge, diretora da FPF. “Já passámos a barreira das 5.400 federadas e mil são seniores. Tudo o que é cresciment­o vem de baixo. Este cresciment­o sustentado é o que vai dar futuro à modalidade. A média da Liga é de 22/23 anos. No escalão de juniores é de 16 anos. Há uma geração que está para chegar e vai trazer muita qualidade”, aponta a dirigente.

Dores de cresciment­o

Voltando aos resultados, a Seleção Nacional já bateu a Suécia (9ª do ranking) esta época e, em 2018, ficou num inesperado 3º lugar na Algarve Cup. Ainda assim, toda a evolução traz desafios, como Mónica Jorge detalha. “Há que dar competitiv­idade que faça crescer as nossas jogadoras. Será preciso haver mais oportunida­des para jogar na primeira

QUATRO EM CADA CINCO JOGADORAS FEDERADAS AINDA PERTENCEM AOS ESCALÕES DE FORMAÇÃO NACIONAIS SELEÇÃO PRINCIPAL ESTEVE DOIS ANOS SEM PERDER DOIS JOGOS SEGUIDOS E FICOU A UM GOLO DOS ‘QUARTOS’ DO EURO’2017

ou na segunda divisão. Estamos todos a pensar da mesma forma e vamos no caminho certo. Faz parte das dores de cresciment­o”, sublinha.

Há 19 anos na FPF – sete como adjunta, cinco como selecionad­ora e sete como diretora –, Mónica Jorge garante que um dos principais focos de mudança se prende com... a evolução dos pais. Isso mesmo. Além da natural aposta feita pela FPF, a diretora explica que algo especial está a acontecer no nosso país. “É uma mudança geracional. O futebol feminino é visto com imagem muito positiva e é cada vez mais popular. Por exemplo, olhamos para um estádio e não vemos só o pai, o tio ou o avô. Vai a família toda. Quando vai toda, a paixão nasce no menino e na menina também. O número de praticante­s tem crescido e tem sido bastante sustentado. Temos crescido em todos os escalões e é algo brutal. Temos um futuro que nos dá toda essa sustentabi­lidade. Mostra que a família, além de levar o menino para os treinos de futebol, também leva a menina, a irmã ou a prima. Já vão todos!”, acrescenta Mónica Jorge. Em novembro do ano passado, Portugal perdeu apenas por 1-0 com os EUA, a melhor seleção do Mundo. Tal como Record escreveu na altura, o sonho americano está cada vez mais perto... *

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