DEFESA TEM SIDO O MELHOR ATAQUE
Sadinos são das equipas que menos golos sofrem, mas terão no Benfica um verdadeiro teste de fogo
O V. Setúbal, detentor da quarta melhor defesa da Liga NOS, com 27 golos sofridos em 28 jornadas, vai ser colocado à prova no domingo pelo Benfica, que tem o ataque mais concretizador da prova, com 77 golos apontados, eficácia que contrasta com os setubalenses, que têm o quarto pior ataque (22 golos). Com melhor coesão na defesa que Sporting e Sp. Braga, ambos com 28 golos sofridos, o sector mais recuado dos sadinos apenas é superado pelo FC Porto (17), Benfica e V. Guimarães (24). seis jogos, em 2018/19 essa média caiu para quase metade (0,96). A Record, Edmundo, ex-defesa do V. Setúbal e Benfica nas décadas de 1980 e 1990, considera que a melhoria se deve à mudança de modelo. “O sistema defensivo começa nos homens que jogam na frente, condicionando a forma como os adversários saem a jogar. Os atacantes e médios são importantes no auxílio à defesa. Jogadores com estatura podem ajudar na defesa e resolvem no ataque, como é o caso de Cádiz”, explica. O atual treinador do Sesimbra, 4º classificado da 1ª Divisão da AF Setúbal, identifica a principal ameaça para os sadinos na Luz. “O maior perigo é a dinâmica e versatilidade que o Benfica tem no jogo ofensivo”, afirma, lembrando que não há vencedores antecipados. “Futebol não é o mesmo que fazer um bolo em que colocamos 100 gramas de açúcar, 200 de farinha, quatro ovos e fermento. Quando se pensa que se ganha facilmente perdem-se pontos, e quando é difícil ganham-se. Nunca sabemos o que vai acontecer”, frisa. Para esta partida, Sílvio e Mendy voltaram ontem a fazer trabalho específico, mas ainda continuam em dúvida. *