DEZ DIAS PARA PAGAR
Sindicato reuniu-se com jogadores e definiu prazo até exercer posição de força por incumprimento
Joaquim Evangelista reuniuse ontem com o plantel do Vilafranquense para averiguar os estragos que três meses de salários em atraso provocaram à segunda classificada da Série C do Campeonato de Portugal. “O plantel vai ativar o fundo de garantia salarial e vamos dar dez dias à administração para regularizar a situação. Ao fim desse tempo, e sem cumprimento, iremos tomar uma posição definitiva de força de não jogar mais”, informou o presidente do Sindicato de Jogadores, explicando que Stehb, Daniel Almeida e Jacinto, os quais avançaram para a rescisão, não serão opção no dérbi de hoje frente ao Alverca. Sem o presidente da SAD, Luiz Andrade, estar presente, Evangelista condenou o comportamento de “dirigentes que não têm lugar no futebol português”. “Assisti aqui a situações dramáticas de sobrevivência. Num clube com este envolvimento, que está a lutar pela subida, é assustador ver que estas pessoas se permitem a aceitar isto e nada fazer”, reiterou, adiantando que recebeu uma chamada de Luís Duque, membro da direção da SAD vilafranquense, a pedir mais tempo para pagar. “Eles têm de cumprir ou deixar que venham outros que cumpram”, acrescentou.
Já Luís Pinto, capitão dos ribatejanos, sublinhou que o grupo passou a sentir-se mais “tranquilo” com a ajuda do Sindicato: “Queremos banir os dirigentes que não são cumpridores com o essencial que precisamos para jogar futebol. Levámos um murro, mas não caímos e estamos bem vivos.” *