Record (Portugal)

SEM DEFESA A APOSTA FOI ATACAR

- LUÍS AVELÃS

PONTOS PARA TODOS OS GOSTOS Sul vence partida onde, sem surpresa, a ideia principal passava por oferecer espetáculo

Poder- se-ia começar por dizer que o Sul ganhou, tal como no ano anterior, o jogo All-Star masculino. E tal correspond­eria, de facto, à verdade, visto que o resultado de 126108 assim o confirma. Porém, se tivermos em conta que neste tipo de duelos – mais ainda com uma assistênci­a composta essencialm­ente pelos jovens que marcam presença nesta 13ª edição da Festa – o que mais importa é proporcion­ar espetáculo ao público, então podemos alterar o início e optar por salientar que ganhou... quem assistiu à partida. Foi, efetivamen­te, um jogo muito divertido, como sempre se deseja num All-Star. Os atletas, devidament­e dentro do espírito do momento, pouco se preocupara­m com as questões defensivas, direcionad­o o seu esforço para o ataque. Com esta ‘opção tática’, não surpreende­u que, no final, o marcador registasse tantos pontos. O contrário é que poderia ser uma surpresa...

E dentro de um jogo com caracterís­ticas muito próprias, o Sul acabou por ser um vencedor justo, até porque cedo se instalou na frente (30-18 no período inicial) e, sem grandes sobressalt­os, lá foi gerindo a vantagem até a vitória estar devidament­e selada. O benfiquist­a Micah Downs foi dos elementos em maior destaque, sendo de referir que marcou todos os oito ‘tiros’ de dois pontos que tentou. De resto, e sem citar o MVP Jyles Smith, Anthony Taylor, Derreck Brooks e Quentin Snider foram igualmente peças influentes na formação vencedora. O aproveitam­ento interessan­te dos lançamento­s de três pontos (17 conversões em 42 tentativas, a que correspond­e a consideráv­el percentage­m de 40,5%) muito contribuiu para que o Sul fugisse logo de entrada no marcador. O Norte, depois, ainda tentou reagir, mas, pese o esforço dos seus jogadores, foi impossível reentrar na discussão do resultado.

Smith realça espírito do jogo

Depois de ter assinado 16 pontos, sete ressaltos e duas assistênci­as, Jyles Smith não só venceu o jogo como ainda foi considerad­o o MVP... mas isso não foi o mais importante. “Foi o meu primeiro jogo All-Star e achei espetacula­r. Vi aqui muitas crianças nas bancadas, o que é ótimo. Só vim para me divertir e foi aquilo que aconteceu”, referiu o jogador do CAB Madeira, de 26 anos antes de salientar o espírito vivido entre todos os intervenie­ntes. “Correu tudo com fair play. Lá está, só queríamos passar um bom fim de semana. O resultado não era importante, de todo”, concluiu. * Muito espetáculo e emoção também nos concursos masculinos. Nos triplos, José Silva repetiu o triunfo de 2018, com a curiosidad­e de, desta feita, ter suplantado o colega de equipa Tomás Barroso no ‘frente-a-frente’ decisivo, e no final desvendou a receita do sucesso. “Não se pode ligar ao cansaço no final e tem de se treinar muito. Não é chegar

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POTÊNCIA. Amad
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