EQUILÍBRIO CONTRA O FÓRMULA 1
Carlos Carvalhal já bateu o Liverpool de Klopp e aconselha agressividade com (várias) cautelas
O Liverpool é uma equipa de topo, um Fórmula 1. Mas no meio do trânsito de Londres, às quatro da tarde, esse Fórmula 1 não anda.” Foi com esta simples analogia que Carlos Carvalhal explicou a forma como na última temporada, então ao comando do Swansea, venceu o Liverpool (10) em jogo da Premier League. Ganhar é mesmo o único resultado que interessa ao FC Porto para seguir em frente na Champions e, nesse sentido, Record foi procurar saber como se bate o Liverpool de Jürgen Klopp, que em 200 jogos pelos reds conta somente 36 derrotas – esta época apenas seis. Face à necessidade de reverter uma desvantagem de dois golos, colocámos a Carlos Carvalhal o seguinte desafio: como se leva o ‘trânsito de Londres’ para outro nível? Por muito que o FC Porto tenha necessidade de marcar, o técnico, de 53 anos, aconselhou equilíbrio. “O FC Porto terá de fazer uma exibição perfeita e isso passa por fazer golos, e eu acredito que o FC Porto vá marcar, mas não sofrer. O Liverpool normalmente marca e sente-se muito confortável perante equipas que se desequilibram minimamente”, referiu o treinador, para quem, ao
nível estratégico, o FC Porto não poderá ser demasiado sôfrego na busca do primeiro golo: “Pode ser uma equipa mais agressiva, mais pressionante, mas não tem de fazer uma pressão ‘cega’. O FC Porto pode jogar mais à imagem do que faz em Portugal, mas não pode pressionar cegamente, pois, se o fizer, vai certamente sofrer. O Sérgio é um treinador experiente, o FC Porto, como equipa de elite, também, e eles sabem perfeitamente que é importante marcar, mas é também muito importante não sofrer.”
Para serem felizes, os dragões poderão, por exemplo, aproveitar o regresso de Robertson após castigo. “É muito mais ofensivo do que o James Milner, que jogou adaptado a lateral-esquerdo na 1ª mão. Pode ser uma boa zona para o Marega descair à procura de espaço em profundidade...” *
“FC PORTO PODE SER MAIS AGRESSIVO, MAS NÃO TEM DE FAZER UMA PRESSÃO ‘CEGA’” CARLOS CARVALHAL, treinador