Record (Portugal)

S EGUINDO A S PISADAS

Djamila, das sub-16 de Coimbra, está no Algarve na companhia da irmã Josephine Filipe. A internacio­nal portuguesa tem um peso importante no percurso da mais pequena

- RAFAEL SOARES

Elas nem são muito parecidas no que toca ao estilo de jogo, garantem. Mas há um aspeto indiscutív­el. A família Filipe está repleta de talento e Coimbra agradece. Josephine, de 23 anos, representa as açorianas do União Sportiva e é internacio­nal portuguesa, mas antes de sonhar em chegar à Seleção já brilhava na Festa do Basquetebo­l, pela associação da cidade dos estudantes. Um evento em que agora desponta... a irmã. Djamila representa as ainda invictas sub-16 femininas da comitiva coimbrã, naquela que é a sua segunda participaç­ão na prova, e tem sido acompanhad­a pela ‘mana’. “Tento estar sempre presente nos jogos dela, tal como os meus pais também tudo faziam para me acompanhar. Tenho a hipótese de vê-la representa­r Coimbra como eu fiz”, salientou Josephine a Record, já depois de aconselhar a irmã. “Tu diz tudo”, pediu, com um sorriso de quem se sente orgulhosa.

E Djamila disse. Contou-nos que começou a jogar devido a uma certa influência da irmã, com “7 ou 8 anos” nos Olivais, clube que ainda representa e por onde Josephine também passou. Agora, sente-se realizada por estar novamente em Albufeira. “Para mim, ser considerad­a uma das melhores do meu distrito e representá-lo é muito importante”, salientou a jovem, de 15 anos, que contribuiu para que a sua equipa tivesse vencido todos os jogos que realizou até agora na competição.

E quem a aconselhar­á a ser cada vez melhor? Pois, não é difícil adivinhar. “Sim, às vezes peço conselhos à Josephine, principalm­ente sobre a forma como se deve lidar com as emoções no basquetebo­l”, confessou.

O basquetebo­l é, portanto, uma paixão que une duas irmãs que, por si só, já demonstram cumplicida­de de sobra. Basta olhar para o carinho com que falam uma da outra. Mas, curiosamen­te, a modalidade que escolheram até pode ser surpreende­nte, precisamen­te devido aos genes que carregam. “Nós nem falamos muito de basquetebo­l em casa, até porque o desporto praticado pela nossa mãe foi o andebol”, contou Josephine.

Uma contra a outra? Talvez...

O futuro, de resto, é uma incógnita e não há que criar pressão desnecessá­ria em alguém tão jovem, mas há uma hipótese que Josephine prontament­e levantou, quando foi confrontad­a com a hipótese de ver Djamila chegar a sénior. “Gostava de jogar contra ela. Mas o mais importante é ela fazer algo que seja do seu agrado”, frisou. O desafio, diga-se, é visto com bons olhos também por Djamila: “Não me importava nada de ser adversária dela”, referiu. Seria bom sinal. *

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