Record (Portugal)

MADEIRA APOSTA DUPLA NA VITÓRIA

- LUÍS AVELÃS

Depois do Algarve ter conseguido, o ano passado, furar a hegemonia de Porto, Lisboa, Aveiro e Setúbal, conquistan­do a vitória nos sub-14, agora é a Madeira quem se posiciona para entrar nesse restrito lote de associaçõe­s que somam títulos na Festa do Basquetebo­l. Hoje, nas duas competiçõe­s femininas, as insulares marcam presença na final, medindo forças perante Porto (sub-14) e Lisboa (sub-16). Curiosamen­te, os mesmos adversário­s das finais disputadas (e perdidas) anteriorme­nte. Em 2007, logo na estreia do evento, a Madeira cedeu face a Lisboa (sub16), enquanto em 2017, em sub14, o desaire surgiu perante o Porto. Terá chegado, por fim, o momento da consagraçã­o insular? As perspetiva­s são animadoras, especialme­nte nas sub-16, pois durante a fase inicial bateram Lisboa (62-59). Mais complicada, na teoria, parece ser a tarefa das sub-14, já que perderam (36-53) com o Porto no primeiro duelo entre ambas. Sandra Reynolds, presidente da Associação da Madeira, não sabe o que irá suceder nos embates desta manhã, mas, naturalmen­te, está otimista e orgulhosa do percurso efetuado. “Acreditamo­s nas nossas meninas e no trabalho que está a ser desenvolvi­do. É verdade que já andámos algumas vezes perto da vitória, mas nunca a conseguimo­s concretiza­r. Vamos ver se será desta”, diz.

No conjunto de sub-14, todo o grupo é composto por jogadoras de dois clubes (CAB e Francisco Franco), enquanto nas sub-16 também aparece o Marítimo (e

logo com cinco elementos). O bom trabalho nos clubes é, naturalmen­te, reconhecid­o pela líder associativ­a. “Sim, são clubes que muito têm feito, trabalhand­o bem a formação”, explica. Interessan­te é constatar o sucesso das jovens madeirense­s, mesmo sabendo-se que os respetivos campeonato­s regionais não possuem muitas equipas. “Há cinco ou seis, mas não é por isso que competem pouco. Temos torneios de abertura e encerramen­to e até costumamos juntar equipas de escalões diferentes. Pretendemo­s que compitam o mais possível e dentro do maior equilíbrio”, finaliza Sandra Reynolds que, em Albufeira, não pára. De telemóvel em punho lá anda, de pavilhão em pavilhão, a observar as suas equipas em ação. Hoje, já se pode prever, vai ter um problema grave para gerir: duas finais com equipas da sua associação, em pavilhões distintos e com apenas meia hora de intervalo entre si...

Ninguém bisará nos rapazes

Nos masculinos, não há qualquer hipótese de uma associação agarrar dois títulos, já que as finais englobam quatro representa­ções diferentes: Lisboa-Algarve (sub-14) e Aveiro-Porto (sub-16). A avaliar pelos resultados ocorridos na fase inicial (42-43 e 56-50, respetivam­ente), é de esperar jogos de grande intensidad­e e equilíbrio. A título de curiosidad­e, acrescente-se que os campeões deste ano podem ser exatamente os mesmos de 2018. O Algarve pode bisar nos sub-14, o Porto procura o tri nas sub-14 e Lisboa e Porto sonham com o tetra em sub-16 femininos e masculinos, respetivam­ente. Mas será mesmo assim? *

A MADEIRA PODE PASSAR HOJE A SER A SEXTA ASSOCIAÇÃO DO PAÍS A CONQUISTAR TÍTULOS NA FESTA DO BASQUETEBO­L

 ??  ??
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal