NOS AÇORES TER GÉM É MODA
Lourenço e Amélia vêm da Terceira, enquanto Érica e Simão chegam da ilha de S. Miguel
Encontrar irmãos na Festa do Basquetebol não é raro e encontrar um par de gémeos acontece uma vez ou outra... Mas ver dois pares na mesma comitiva já deixa todos estupefactos. E foi isso mesmo o que aconteceu este ano com os Açores. Lourenço e Amélia Costa chegam da Terceira, enquanto Érica e Simão Furtado são provenientes de S. Miguel, e todos jogam nas respetivas equipas sub-14. Record juntou os quatro e Amélia, a mais faladora, levantou logo o astral aos colegas. “Estão a ver? Ter um gémeo tem vantagens”, disse. Mais tímido é o clã Furtado. Olhando para os dois, as parecen
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ças não saltam à vista, mas no que toca ao feitio... “são muito semelhantes”, segundo a treinadora das sub-14, Claudemira, que os conhece há quase dez anos. E, diga-se, não foi fácil ‘roubar-lhes’ grandes palavras, como é natural nestas idades. O cenário mudou quando questionámos quem era o melhor jogador entre os dois. “Sou eu”, disseram ambos ao mesmo tempo. Já Lourenço e Amélia, com mais semelhanças físicas, apontaram, de forma sorridente, o dedo um ao outro, ao ouvirem a mesma questão. Mas será que só pelo facto de estes ‘miúdos’ serem gémeos, há todas as semelhanças e mais algumas? Pelo menos, o capitão dos sub-14 masculinos, Lourenço, discorda. “Eu sou rapaz, sou mais bruto”. Não tardou em levar resposta. “Mas isso é feitio”, protestou Amélia. “Penso que temos as mesmas qualidades e defeitos. Isso também faz com que choquemos ”, prosseguiu.
De resto, há outro fator que une estas quatro ‘vedetas’. Falamos, claro, da alegria por marcarem presença na Festa do Basquetebol. “É muito bom jogar aqui”, disse Érica. Já o irmão Simão, depois de ter voado a partir dos Açores e de sair da ‘asa’ dos pais durante uma semana, fala da importância de ter a gémea consigo. “Estando longe da família, é bom tê-la por perto”, garantiu, num sentimento espelhado pela irmã e pelo outro casal.
Como pessoa mais experiente nestas andanças, Paulo Brasil, técnico dos sub-14, também realçou a relevância desse pormenor . “Para eles, é uma emoção enorme fazerem amigos e torna-se importante partilharem a experiência. Todos gostam de basquetebol”, frisou. De facto, neste último aspeto são todos... almas gémeas. *