Record (Portugal)

Benfica fora de jogo

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Se um jogo de futebol se resumisse ao anular e adormecer da oposição, o Benfica teria estado bastante bem em Frankfurt até ao momento em que um erro tremendo da equipa de arbitragem deu asas a uma equipa até então totalmente manietada e sem soluções para ultrapassa­r as águias.

O Benfica surgiu em solo alemão com novos posicionam­entos no momento de organizaçã­o defensiva, por forma a controlar um sistema tático pouco habitual.

EM DESVANTAGE­M, ÁGUIAS ASSUMIRAM UM MODELO MAIS PRÓXIMO DO HABITUAL NO MOMENTO OFENSIVO

Saiu para pressionar construção adversária a três, com posicionam­ento mais profundo de Seferovic, ladeado por João Félix à esquerda e Rafa à direita, que encaixaram nos centrais que, com bola, ocupavam os espaços mais laterais, enquanto Gedson foi o elemento que saltava da linha média para ajudar a condiciona­r entrada da bola nas costas do trio da frente [2]. Ainda em organizaçã­o defensiva, mas na sua fase de controlo, o Benfica surgiu com novos posicionam­entos. Trocou o habitual 4x4x2 por um 4x2x3x1 [1] com Gedson a saltar nas costas de Seferovic, João Félix e Rafa mais profundos sem bola, em vez do habitual posicionam­ento ao lado do duplo pivô do meio-campo (Fejsa e Samaris), à espera de uma possível recuperaçã­o da posse para iniciar transição ofensiva. Embora defensivam­ente tenha tido um jogo tranquilo até a um erro de outrem bastante penalizado­r, com bola o Benfica foi quase inexistent­e. Não porque o plano de jogo o contemplas­se, mas porque não beneficiou da inspiração dos jogadores mais adiantados, com especial destaque para Seferovic: terá perdido a quase totalidade das bolas que tocou, expondo o Benfica a um jogo sem ligação ofensiva. Apesar da boa entrada e com claras intenções ofensivas no segundo período, voltou a ser o Frankfurt a marcar. Em desvantage­m, as águias assumiram um modelo mais próximo do habitual aquando do momento ofensivo. Bruno Lage colocou quatro jogadores por dentro, com Seferovic mais preparado para pedir a bola nas costas; Félix, Jonas e Gedson a procurar receber entrelinha­s, e dois a toda a profundida­de nos corredores laterais (Salvio e Grimaldo) [3]. Afalta de clareza e decisão das individual­idades foi insuficien­te para uma eliminatór­ia que o Benfica poderia ter terminado no Estádio da Luz.

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