Record (Portugal)

“Falta ainda vir o FC Porto”

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Como têm sido as relações com os clubes grandes do futebol como o Sporting e o Benfica?

JF –As relações têm sido das melhores. E já agora, que venha também para o judo o FC Porto. Gostaríamo­s que os dragões se juntassem a esta grande equipa, tal como o Sporting e o Benfica, que foram muito bem vindos. São clubes iguais aos outros, como o Algés, a Lusófona ou o Judo Clube de Portugal, por exemplo. Trabalham todos muito bem, com objetivos ambiciosos como nós.

Os seus maiores críticos dizem que o Jorge Fernandes não dava para ser presidente federativo, que não sabia línguas... O que tem a responder a essas pessoas?

JF – O que tenho a dizer é que precisamos de pessoas que trabalhem e não pessoas que saibam falar línguas. Falar línguas é bom quando se vai lá fora passear, dar umas voltas..., agora, para trabalhar só precisamos da mesma linguagem, trabalhar cada vez melhor.

Quais foram as maiores desilusões neste seu mandato?

JF – Cheguei a pensar pôr o lugar à disposição, porque há sempre alguém que poderia prestar um serviço ao desporto, e ao judo em particular, se estivesse calado, porque falar por falar não adianta. É preferível juntarmo-nos todos e trabalhar, mas na minha terra costuma dizer-se ‘os cães ladram e a caravana passa’. É o que se está a passar, há três ou quatro papagaios que falam nas redes sociais, mas não sabem do que estão a falar. Sentem a necessidad­e de falar, mas eu pediria para trabalhare­m. Houve um período em que fizeram mossa, sempre a falar do que não sabiam e isso incomodava­me, pois vim para trabalhar e não para levar com alguns que estão em frente ao espelho a treinar discursos, para difamarem-me. Mas, depois, enfim, os meus números falam por si. Andámos quatro anos a discutir taxas e hoje ninguém paga para praticar judo, a FPJ não cobra um cêntimo.

Para quando uma ‘Casa do Judo’, dados os problemas com o Estádio Universitá­rio e o Jamor? JF – Estamos a trabalhar esse assunto com o IPDJ e o Estado, e brevemente haverão desenvolvi­mentos. Lisboa? Odivelas? Oeiras? Podem ser hipóteses para algo que há muito é ambicionad­o. Quero dizer desde já que não aceitaremo­s soluções do desenrasca, pois chegou a hora de dizer basta. Queremos uma infraestru­tura em que sejamos nós a decidir o que desejamos para o judo. Não é dar-nos uma garagem ou um armazém e dizerem ‘desenrasqu­em-se’. O judo atingiu um nível em que temos de ser nós a decidir. *

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EM CASA. Jorge Fernandes recebeu Record na federação

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