Ponto final nas ‘Fontelasleaks’
Fontelas Gomes sabe que está sob ataque cerrado do Benfica e que a sua missão de criar um sector da arbitragem estanque a influências dispensa a abertura de novas frentes de batalha. A prioridade do CA da FPF deve centrar-se em completar a sua tarefa de moldar um núcleo de árbitros liberto de jugos do passado que por vezes ainda toldam as suas atuações. Há que subir rapidamente vários degraus na escada da competência, caso contrário todo o esforço de criar alicerces, abraçar uma nova realidade tecnológica e desbravar o trilho para uma arbitragem credível e respeitada pode cair por terra. Como já frisei na CM TV, sem ser desmentido, mesmo os detratores não conseguem beliscar a honestida
DIVULGAÇÃO PÚBLICA DAS NOMEAÇÕES NÃO PODE SER UM SALVOCONDUTO PARA A TOUPEIRA ESCAPAR
de de Fontelas Gomes, o que por si só já é boa notícia.
Sendo assim não faz qualquer sentido este conflito surdo com a Liga. Nenhuma razão, além da mera birra, justifica o facto de Fontelas Gomes recusar reunir-se com a diretora-executiva Helena Pires, responsável pela área das competições onde os árbitros atuam, quando foi o próprio Conselho que se manifestou “muito preocupado com as fugas de informação” e lançou para aquele organismo a suspeição sobre a origem das ‘bombas’ de César Boaventura. Em tese, concordo que as nomeações voltem a ser públicas no dia anterior aos jogos. Todavia, isso não pode ser um salvo-conduto para a toupeira escapar impune. Caso contrário, e face à credencial exclusiva do CA que Boaventura publicou há um mês, alguém pode continuar a beneficiar das ‘leaks’, sabendo na mesma das nomeações antes da sua divulgação oficial.