Record (Portugal)

Ponto final nas ‘Fontelasle­aks’

- Vítor Pinto Chefe de redação

Fontelas Gomes sabe que está sob ataque cerrado do Benfica e que a sua missão de criar um sector da arbitragem estanque a influência­s dispensa a abertura de novas frentes de batalha. A prioridade do CA da FPF deve centrar-se em completar a sua tarefa de moldar um núcleo de árbitros liberto de jugos do passado que por vezes ainda toldam as suas atuações. Há que subir rapidament­e vários degraus na escada da competênci­a, caso contrário todo o esforço de criar alicerces, abraçar uma nova realidade tecnológic­a e desbravar o trilho para uma arbitragem credível e respeitada pode cair por terra. Como já frisei na CM TV, sem ser desmentido, mesmo os detratores não conseguem beliscar a honestida

DIVULGAÇÃO PÚBLICA DAS NOMEAÇÕES NÃO PODE SER UM SALVOCONDU­TO PARA A TOUPEIRA ESCAPAR

de de Fontelas Gomes, o que por si só já é boa notícia.

Sendo assim não faz qualquer sentido este conflito surdo com a Liga. Nenhuma razão, além da mera birra, justifica o facto de Fontelas Gomes recusar reunir-se com a diretora-executiva Helena Pires, responsáve­l pela área das competiçõe­s onde os árbitros atuam, quando foi o próprio Conselho que se manifestou “muito preocupado com as fugas de informação” e lançou para aquele organismo a suspeição sobre a origem das ‘bombas’ de César Boaventura. Em tese, concordo que as nomeações voltem a ser públicas no dia anterior aos jogos. Todavia, isso não pode ser um salvo-conduto para a toupeira escapar impune. Caso contrário, e face à credencial exclusiva do CA que Boaventura publicou há um mês, alguém pode continuar a beneficiar das ‘leaks’, sabendo na mesma das nomeações antes da sua divulgação oficial.

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