“Pedimos desculpa, a culpa foi nossa”
Central assumiu erros em nome da equipa e disse que o empate é “porrada de luva branca”
O internacional português Pepe não fugiu à desilusão que o empate em Vila do Conde proporcionou no universo portista e assumiu a responsabilidade da equipa no desaire. “Pedimos desculpa. Os culpados fomos nós. Não podíamos ter cometido tantos erros num jogo tão importante como este, mas é difícil explicar o que aconteceu, porque é impensável uma equipa que está a lutar para ser campeã sofrer dois golos da maneira como sofremos”, desabafou Pepe, sem palavras para analisar os motivos que levaram o FC Porto
“QUEM JOGA PARA O TÍTULO NÃO PODIA TER COMETIDO TANTOS ERROS NUM JOGO TÃO IMPORTANTE”, DISSE
a deixar escapar uma vantagem de dois golos nos últimos cinco minutos de jogo: “Não podemos estar desconcentrados nem um minuto. Teoricamente, o jogo estava assegurado, mas o futebol é isso, pelo que é complicado analisar o jogo. O Rio Ave foi lá duas vezes e marcou dois golos. É duro explicar isso aos adeptos e é duro ver os adeptos sair com tristeza porque somos os principais culpados.” Rosto fechado após um desfecho surpreendente que o central também diz servir de exemplo para aquilo que não pode ser o comportamento da equipa. “Queremos olhar para a frente, mas é difícil retirar alguma coisa positiva deste jogo. Sabíamos que jogar em Vila do Conde seria muito complicado, mas estávamos a vencer por 2-0. Acabar com um empate é uma porrada de luva branca”, justificou Pepe, convicto da profunda reflexão que todo o balneário tem de realizar ao deslize averbado ontem: “Temos de aprender esta lição para não voltarmos a cometer estes erros.”
Desalento assumido, contudo, sem atirar a toalha ao chão, uma vez que Pepe considera que o FC Porto ainda não está afastado da corrida pelo título.
“Não queríamos estar nesta situação, mas ainda faltam três jogos. Vamos ver o que acontece com o Benfica”, disse Pepe, que não terminou sem deixar uma palavra de esperança aos adeptos: “A explicação que temos de dar é aos nossos adeptos, porque são eles quem move o clube, mas isto ainda não acabou.” *