Record (Portugal)

JOÃO DOMINGUES NOS QUARTOS-DE-FINAL

Está nos ‘quartos’ de um ATP pela 1.ª vez e faz aquilo que só João Sousa havia conseguido

- JOSÉ MORGADO

Em 2017, João Domingues esteve a meia dúzia de pontos de se tornar no primeiro português da história a chegar aos quartos-definal do Millennium Estoril Open (a nova versão do ATP 250 português). Este ano, voltou a passar a fase de qualificaç­ão, superou a primeira ronda – alcançando a melhor vitória da carreira em termos de ranking – e desta feita passou mais um obstáculo, fazendo história pessoal no CT Estoril. O oliveirens­e levava o encontro bem preparado e voltou a executar na perfeição o seu plano tático para ultrapassa­r John Millman, que acabou mesmo por desistir quando Domingues já liderava por 6-3 e 2-1.

“É um dia marcante na minha carreira, são os primeiros quartos-de-final de um ATP. Há dois anos estive muito perto e no ano passado também tive as minhas chances noutro torneio [em São Paulo, perdeu com Fabio Fognini em três sets nos ‘oitavos’]. Não foi da forma como desejava, pela desistênci­a do [John] Millman, e só me apercebi no segundo set que ele estava a queixar-se”, referiu o 214º ATP, que revelou que Millman lhe explicou a lesão à rede. “Disse-me que tinha ouvido um som no pé depois de aterrar num dos smashes e percebeu que não era coisa boa. Espero que ele recupere rapidament­e, porque é um grande jogador e merece”, rematou o oliveirens­e. O próximo rival de Domingues é o jovem grego Stefanos Tsitsipas, nº 10 mundial e primeiro cabeçade-série. Ainda que os dois tenistas sejam de ‘realidades’ diferentes, já há um certo histórico de encontros entre os dois. Stef derrotou João num challenger em 2017 e num future em 2016, precisamen­te em Oliveira de Azeméis. “Conheço-o bem e sei como joga. Não há adversário­s ideais para mim, mas sei que tenho as minhas chances contra qualquer um”, garante, antes de projetar a hipótese de sair do Estoril campeão. “Vou pensar passo a passo, mas acredito muito em mim. Nunca tinha estado nos ‘quartos’, mas nunca parei para pensar nisso, porque ambiciono sempre mais. Sou bastante competitiv­o em tudo e quero sempre mais.” *

“É UM DIA MARCANTE PARA A MINHA CARREIRA”, DIZ O OLIVEIRENS­E APÓS CHEGAR AOS PRIMEIROS ‘QUARTOS’ ATP

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