“Fiz o melhor que pude naquelas circunstâncias”
Ex-presidente da SAD, na Comissão de Gestão, garante ter defendido os interesses do Sporting
Sousa Cintra, presidente da SAD ao tempo da Comissão de Gestão, responsável pela esmagadora maioria dos negócios realizados no verão de 2018, recusa-se a dar grandes explicações sobre a pesada fatura herdada por Frederico Varandas, argumentando ter feito o melhor que pôde. “Não vale a pena entrarmos em detalhes, porque isso levava muito tempo e muita conversa tinha de haver. O que eu fiz, em consciência, foi o melhor que pude, atendendo às circunstâncias que existiam”, refere o antigo dirigente, assegurando que todas as decisões tomadas
“SEIS MESES DEPOIS, FAZIA AS MESMAS COISAS, DENTRO DO QUE FOI FEITO. NÃO ALTERARIA MUITO”, ASSEGURA
o foram “em defesa dos interesses” do clube.
E mais. “A crítica é boa quando é construtiva. Agora, críticas a colocar em causa o trabalho que nós realizámos com tanto empenho e com sucesso não aceito. Até vou mais longe – eu estava convencido de que o Sporting ia ser campeão este ano”, atira Sousa Cintra que, mesmo discordando de algumas decisões do atual presidente, como a dispensa de Nani ou a substituição de José Peseiro por Marcel Keizer, não alinha na crítica... pela crítica. “Ele é o presidente, a responsabilidade é dele e eu não me meto no trabalho do presidente nem da direção. Quero é que o Sporting tenha sucesso”, lembra. Confrontado com os elevados valores que terão de ser pagos em função dos negócios realizados no período da Comissão de Gestão, Sousa Cintra refuta as questões, recordando que no dia em que entregou a pasta a Frederico Varandas, o Sporting ocupava o 1º lugar da Liga NOS. “Convém realçar que, quando eu saí do Sporting, a equipa estava em 1º lugar, já tinha jogado com Benfica e Sp. Braga e eu estava convencido de que íamos ser campeões. Fizemos uma caminhada razoável. Eu quero é o melhor do Sporting”, insiste o antigo presidente, concluindo: “Seis meses depois, fazia as mesmas coisas, dentro do que foi feito. Não alteraria muito.” *