REUNIÃO EM ALVALADE PARA DECIDIR FUTURO
Depois do treinador, hoje é a vez de os atletas serem recebidos pelos dirigentes leoninos
Após o sucesso que foi o regresso do Sporting à modalidade o ano passado, com a conquista do tão ambicionado título nacional, em pleno Pavilhão João Rocha, o voleibol leonino vive agora momentos conturbados e, curiosamente, não pelo facto de a equipa não ter conquistado qualquer título esta temporada, ainda que o contrário poderia ajudar a desbloquear o que promete ser um braço-de-ferro em Alvalade.
O ponto fulcral da discórdia está na transferência da base da equipa de Fiães para Lisboa, que não agrada à quase totalidade do plantel, principalmente aos jogadores portugueses, todos eles com a vida instalada a norte. E é precisamente para tratar deste assunto que os atletas foram con
PONTO FULCRAL DA DISCÓRDIA ESTÁ NA TRANSFERÊNCIA DA BASE DA EQUIPA DE FIÃES PARA LISBOA
vocados para uma reunião hoje em Lisboa e em separado com os dirigentes leoninos.
Os jogadores vão recetivos a ouvir o que o Sporting tem para dizer sobre este assunto, mas não querem abdicar da revisão dos contratos, uma vez que os que têm vínculo para a próxima época, não contemplam despesas extras para passarem a viver a mais de 300 quilómetros, nomeadamente com casa e despesas inerentes à mesma. Os atuais contratos dos portugueses referem que os atletas têm de se deslocar a treinos em Fiães e a outros locais designados pelo clube, mas sem despesas extras dessas deslocações.
Tal como acontece com o treinador Hugo Silva, o primeiro a reunir-se com os dirigentes, os jogadores pretendem ser compensados financeiramente pela deslocação para Lisboa, situação que muitos temem não ser aceite pelo Sporting.
Nesse sentido, e segundo Record apurou, há atletas que já optaram mesmo por consultar advogados para perceberem até que ponto os dirigentes leoninos podem exigir-lhes que cumpram os contratos sem terem de acrescentar mais euros.
Na reunião agendada para hoje, os jogadores portugueses fazemse representar eles próprios, ainda que alguns tenham empresários. Há um, todavia, que deverá adiar a conversa com os dirigentes leoninos para mais tarde, o capitão Miguel Maia, de 48 anos, por se encontrar já em período de férias.
Empresários em ação
Quantos aos estrangeiros, a maioria tem empresários, pelo que será através eles que as negociações serão feitas com os responsáveis leoninos.