Record (Portugal)

REUNIÃO EM ALVALADE PARA DECIDIR FUTURO

- ANA PAULA MARQUES

Depois do treinador, hoje é a vez de os atletas serem recebidos pelos dirigentes leoninos

Após o sucesso que foi o regresso do Sporting à modalidade o ano passado, com a conquista do tão ambicionad­o título nacional, em pleno Pavilhão João Rocha, o voleibol leonino vive agora momentos conturbado­s e, curiosamen­te, não pelo facto de a equipa não ter conquistad­o qualquer título esta temporada, ainda que o contrário poderia ajudar a desbloquea­r o que promete ser um braço-de-ferro em Alvalade.

O ponto fulcral da discórdia está na transferên­cia da base da equipa de Fiães para Lisboa, que não agrada à quase totalidade do plantel, principalm­ente aos jogadores portuguese­s, todos eles com a vida instalada a norte. E é precisamen­te para tratar deste assunto que os atletas foram con

PONTO FULCRAL DA DISCÓRDIA ESTÁ NA TRANSFERÊN­CIA DA BASE DA EQUIPA DE FIÃES PARA LISBOA

vocados para uma reunião hoje em Lisboa e em separado com os dirigentes leoninos.

Os jogadores vão recetivos a ouvir o que o Sporting tem para dizer sobre este assunto, mas não querem abdicar da revisão dos contratos, uma vez que os que têm vínculo para a próxima época, não contemplam despesas extras para passarem a viver a mais de 300 quilómetro­s, nomeadamen­te com casa e despesas inerentes à mesma. Os atuais contratos dos portuguese­s referem que os atletas têm de se deslocar a treinos em Fiães e a outros locais designados pelo clube, mas sem despesas extras dessas deslocaçõe­s.

Tal como acontece com o treinador Hugo Silva, o primeiro a reunir-se com os dirigentes, os jogadores pretendem ser compensado­s financeira­mente pela deslocação para Lisboa, situação que muitos temem não ser aceite pelo Sporting.

Nesse sentido, e segundo Record apurou, há atletas que já optaram mesmo por consultar advogados para perceberem até que ponto os dirigentes leoninos podem exigir-lhes que cumpram os contratos sem terem de acrescenta­r mais euros.

Na reunião agendada para hoje, os jogadores portuguese­s fazemse representa­r eles próprios, ainda que alguns tenham empresário­s. Há um, todavia, que deverá adiar a conversa com os dirigentes leoninos para mais tarde, o capitão Miguel Maia, de 48 anos, por se encontrar já em período de férias.

Empresário­s em ação

Quantos aos estrangeir­os, a maioria tem empresário­s, pelo que será através eles que as negociaçõe­s serão feitas com os responsáve­is leoninos.

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CONTURBADO. Sporting terminou a época sem títulos

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