"Portimonense tem tres homens muito perigosos na frente"
TÉCNICO E COMPARAÇÕES COM JESUS E VITÓRIA “Eles já ganharam títulos e eu não”
FEJSA REGRESSA AOS CONVOCADOS 3 SEMANAS DEPOIS
GETAFE QUER SAMARIS
JOVIC NO REAL MADRID RENDE MAIS 12 MILHÕES DE EUROS AO BENFICA
O
Benfica vai reencontrar hoje o Portimonense, adversário responsável pelo acelerar da queda de Rui Vitória e da chegada de Bruno Lage à liderança da equipa, depois de bater as águias no jogo da primeira volta (2-0). O técnico setubalense não abordou essa questão, mas explicou que este é um adversário que lhe merece respeito, sobretudo pelos homens da frente. “Perspetivamos um jogo muito difícil. O Portimonense tem uma boa equipa, muito bem orientada, que sabe jogar em diversos sistemas e tem três homens muito perigosos na frente, mais um, quatro, o médio-ofensivo. Esperamos uma equipa com vontade enorme de espreitar os espaços que podemos oferecer para criar oportunidades”, referiu Lage, que deixou a receita para vencer uma equipa “que precisa de pontos para garantir a permanência: “Temos de estar no nosso melhor para conquistar os três pontos nesta final.” Contudo, cinco meses e 26 jogos depois, o treinador de 42 anos explicou qual foi a principal mudança que procurou implementar na equipa, a partir do momento em que foi escolhido para substituir Rui Vitória.
“O que fizemos a partir dessa altura foi tentar idealizar e convencer os jogadores que tínhamos uma maneira de treinar que, de alguma forma, poderia ajudar a que eles fossem mais equipa, uma equipa mais competitiva. Não é que não o tivessem sido no passado, mas era fundamental ser mais regular. Foi isso que fizemos”, explicou, enunciando depois como atingiu resultados tão positivos: “Treinámos segundo a maneira em que eu acredito e fomos, de treino em treino, jogo em jogo, criando as nossas oportunidades, marcando os nossos golos e conquistando os nossos pontos.”
Humilde em comparações
O sucesso da aposta em Lage é inegável. Em jogos do campeonato, o técnico soma 15 vitórias e um empate, resultados que lhe permitiram recuperar a diferença de sete pontos para aquele que era o líder na altura, o FC Porto, e subir à liderança do campeonato. Apesar de tudo, quando questionado sobre o consenso que existe no universo benfiquista em seu torno – comparando com os antecessores – sublinha que há apenas um paralelo que pode ser feito. “A comparação mais justa que tem de se fazer é que eles ganharam títulos e eu ainda não ganhei nada. Essa é a comparação justa que tem de ser feita neste momento”, assinalou, antes de comentar o reconhecimento dos adeptos no trabalho que tem efetuado: “Acredito que, ao intervalo do jogo com o Sp. Braga, esse apoio a 100 por cento, não seja assim tão real. Se calhar, no final do jogo já era, mas o importante é ter consciência do trabalho que estamos a fazer, ter lógica naquilo que vamos apresentando em cada onze, em cada estratégia, em cada desafio. Depois, vamos a jogo com as nossas ideias e é importante que os jogadores acreditem no trabalho, porque grande parte do trabalho e do mérito tem sido deles.” *
TREINADOR EM ALERTA COM O ATAQUE ALGARVIO “NÃO É QUE NÃO TIVESSEM SIDO [COMPETITIVOS], MAS ERA PRECISO SER REGULAR. FOI ISSO QUE NÓS FIZEMOS” “É IMPORTANTE OS JOGADORES ACREDITAREM NO TRABALHO, POIS GRANDE PARTE DO MÉRITO TEM SIDO DELES”