Record (Portugal)

“Fico se tivermos condições para lutar por títulos”

SÉRGIO CONCEIÇÃO Continuida­de depende do presidente e da perspetiva para a próxima temporada

- RUI SOUSA

Se eu não ganhar, assumo e vou embora”. Foi assim que Sérgio Conceição se dirigiu aos adeptos no final do jogo de Vila do Conde e daí não retira uma vírgula... nem a quente, nem a frio. O técnico lembrou que só tem uma palavra e depois da final da Taça de Portugal é que fará as contas, o mesmo é dizer, avaliará a sua continuida­de à frente da equipa em conjunto com Pinto da Costa.

“Fazer as malas? São várias malas, porque tenho cinco filhos... Não há a quente, nem a frio, sou aquilo que sou, quando digo, assumo, e tenho só uma palavra, ponto. Se o presidente achar que eu deva ficar e se eu achar que temos condições para lutar por títulos, obviamente que fico. Gosto muito do FC Porto, gosto muito desta casa e pertenço a esta casa”, frisou Conceição, rejeitando a ideia de que, no final do encontro de Vila do Conde, tenha colocado a equipa perante os adeptos para os responsabi­lizar pelo empate que pode ter comprometi­do a luta pelo título. Bem pelo contrário, o técnico campeão nacional lembrou o trabalho feito na época passada para justificar o crédito que tanto ele como os jogadores possuem junto da nação portista. “Não foi para responsabi­lizar ninguém. Dou sempre a cara, sou o líder máximo da equipa, dou a cara por uma equipa que deu muito. Não podemos esquecer aquilo que era o FC Porto quando cheguei aqui, era uma situação extremamen­te complicada, sem podermos fazer uma aquisição, aquilo que ganhámos, fizemos e os ativos que potenciámo­s. Este ano fizemos uma contrataçã­o que custou um bocadinho mais, que foi o Militão, mas que já teve sete vezes o retorno, o resto foi no mercado nacional”, recordou Conceição, não vendo, mesmo assim, margem para grandes aventuras no futuro. “Como dizia um comentador, tenho carta branca no mercado, mas é uma carta, se calhar, sem cheque. Assim fica mais difícil e tem que se dar mérito a este grupo. O que aconteceu em Vila do Conde foi uma desilusão enorme, uma frustração enorme para toda a gente, mas, como fazemos sempre, fomos agradecer ao público que nos tem apoiado de uma forma incrível. Não era por perdermos dois pontos que íamos virar a cara a quem nos apoiou o ano todo. Depois, aquilo que houve a seguir é outra situação, outra história. Se me pergunta se estou de acordo? Não estou nada de acordo”, concluiu o técnico. *

“NÃO PODEMOS ESQUECER AQUILO QUE ERA O FC PORTO QUANDO CHEGUEI AQUI, ERA UMA SITUAÇÃO COMPLICADA”

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