“Vou sair daqui a mesma pessoa”
Português (n.º 214 ATP) lamenta chances desperdiçadas e não esquece ponto crucial
O português João Domingues deu uma excelente réplica perante o primeiro cabeça-de-série do Estoril Open, Stefanos Tsitsipas, mas lamentou as oportunidades desperdiçadas perante o nº 10 da hierarquia mundial.
“Sou muito competitivo; para ser sincero, não me interessa quem está do outro lado da rede. Tive demasiadas chances e não aproveitei. Estou chateado, mas o balanço é positivo. De 0 a 100, tiro 70% de coisas positivas. Faltou-me aproveitar as muitas oportunidades que tive. Cheguei a ter o jogo na mão. No primeiro set, com 5-4 a meu favor e na frente por 30-0, não consegui aproveitar. Quando
“É BOM TER BONS RESULTADOS. ESTOU A COLHER OS FRUTOS DE TODO O TRABALHO, MAS AMBICIONO MUITO MAIS”
assim é, só podemos ficar tristes”, anotou, admitindo ainda que não conseguiu “ultrapassar mentalmente” este mesmo ponto e que isso acabou por “fazer a diferen
ek ça”, realçando, porém, que “não foi só por isso” que perdeu. Apesar da derrota, o tenista português, de 25 anos, assegurou que continua a ser “a mesma pessoa”, embora o desempenho nesta edição do Estoril Open - onde alcan
, çou os primeiros quartos-de-final ATP da carreira -tenha excedido as expectativas. “Estou satisfeito com o nível de jogo a que estou a jogar, estou a conseguir pôr em prática muitas coisas que estamos a treinar. Saio daqui a acreditar mais em mim, é sempre bom ter bons resultados. Estou a colher os frutos de todo o trabalho, mas quero mais, ambiciono muito mais.”
Desvaloriza o ranking
Uma das questões levantadas à partida, mesmo na antevisão do encontro, foi a posição no ranking e a diferença entre ambos os tenistas. Contudo, João Domingues desvalorizou esse argumento e referiu que não há assim tanta diferença como à primeira vista pode parecer. “O Tsitsipas não é perfeito. Tem pontos fracos, como todos os jogadores. Já tinha esta opinião. De um top 50 ou top 100 para um top 200 não há muita diferença. Eles conseguem é estar ao melhor nível durante mais tempo”, afirmou Domingues, o último português a ‘cair’ no Estoril Open. *