Processo a Puga questionado
ÁGUIA FALA EM RELATÓRIOS DESCREDIBILIZADOS
O Benfica reforçou ontem as acusações ao Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), a propósito da multa de 7.650 euros, por arremesso de objetos perigosos com reflexos no jogo, no terreno do Feirense. Além de repetirem o argumento de “falsificação do conteúdo” de relatórios, os encarnados, na newsletter diária, falaram em dualidade de critérios, dando como exemplo o processo disciplinar do médico do FC Porto, Nélson Puga, por factos ocorridos após o jogo com o Chaves, para a Allianz Cup, a 14 de setembro do ano passado. “No caso do Benfica, aldrabam-se conclusões de relatórios para nos castigar. No caso do FC Porto é exatamente o oposto: descredibilizam-se relatórios de entidades como a PSP com base nas testemunhas do próprio clube e que, por acaso, trabalham para o próprio FC Porto”, pode ler-se. Aquele órgão federativo arquivou o processo instaurado ao clínico dos dragões. Como se lê no acórdão, de 30 de abril passado, a que Record teve acesso, os relatórios de policiamento e de segurança à equipa de arbitragem indicavam que Puga tentou “forçar a aproximação” a Vítor Ferreira e seus adjuntos. Mais, terá colocado em causa “a operação policial de segurança dos árbitros”.
O CD refere, no entanto, que pela visualização das imagens captadas pelo sistema de videovigilância – “não contêm som” – “não é possível depreender com segurança que o comportamento do arguido tenha sido como descrito nesses mesmos relatórios”, ou seja, que tentou “alcançar ou agredir qualquer elemento da equipa de arbitragem”. E, como se lê no acórdão, ficou provado que o médico do FC Porto apenas pretendeu prestar auxílio a Jesús Corona. *