“Jogo de doidos e muito difícil”
O treinador confessou que nunca imaginaria estar a festejar o seu aniversário com “esta família”, destacando o que era mais importante levar de Vila do Conde – continuar a depender de si para a última “grande final”
Acabou por ser uma vitória mais difícil do que esperava?
– Já esperávamos estas dificuldades pela forma como o Rio Ave vinha a jogar nos últimos tempos. Mais importante que tudo era sair daqui na mesma posição de só dependermos de nós para a última jornada. Vencemos perante uma grande equipa, recheada de grandes valores e um grande treinador. Tem feito um tremendo percurso, fantástico. Acabou por ser um jogo de doidos, com muitos golos e muito difícil, como tinha dito. Tínhamos de ser muito competentes, o Rio Ave teve os seus momentos. Pela forma como jogámos e pela entrega, por aquilo que temos vindo a fazer, fica-nos bem chegar ao último jogo e ter mais uma final.
– Também foi um jogo muito tático. Concorda?
– Como são todos. Nós, os treinadores temos de procurar intervir. O Daniel Ramos mudou o meiocampo, começou a construir com dois médios, a nossa forma de pressionar estava diferente, mudámos para 4x3x3, com o Félix entre o Rúben Semedo e o Coentrão. O Coentrão começou a receber mais baixo para lançar as diagonais.
–Falta mais uma final. Que mérito achaque temneste caminho?
– Isso não é importante, tal como já disse, nem o meu aniversário. Acabámos de falar disso com os jogadores, mérito, trabalho, mas a verdade é que há quatro ou cinco meses nunca imaginaria celebrar o aniversário com esta família. Somos uma família lá dentro, agora é poder desfrutar de um dia de folga e depois voltarmos focados em vencer mais uma final e terminar na posição em que estamos.
– Como vai controlar a ansiedade antes daúltimafinal?
– A ansiedade tem sido normal, não deve existir, foi isso que falámos. Estes jogadores têm uma vida fantástica. São saudáveis, fazem o que gostam, não há pressão, há sim a oportunidade de fazerem coisas bonitas. E uma palavra para estes sócios, que nos apoiaram de forma bonita dentro e fora do estádio. –Vai estar atento ao clássico entre o FC Porto e Sporting?
– Já sabíamos que o FC Porto ia fazer bem o seu trabalho. É uma excelente equipa, bem orientada e está determinada, mas a nossa filosofia, desde que ganhámos no Dragão, foi nunca olhar para o que vai acontecer com o FC Porto e estivemos muitas jornadas, como esta, a jogar depois. Por isso, para a última final, vamos fazer o mesmo e pensar só no Santa Clara. *