Record (Portugal)

DRAGÃO NÃO DESISTE

Triunfo foi engordando com a naturalida­de inerente à diferença de estatuto entre as duas equipas. Título adiado e Nacional relegado

- CRÓNICA DE ANDRÉ MONTEIRO

“Fizemos o nosso trabalho, que era ganhar” ALEX TELLES MARCOU DE LIVRE E DEDICOU AO TREINADOR

Ainda antes de conhecer o resultado do Benfica em Vila do Conde, o FC Porto cumpriu a sua missão para esta jornada e de forma inatacável. Uma goleada construída com a frieza de quem não admitia outro resultado e que congelou até à última ronda o champanhe que havia, de forma natural, nos Arcos. Na Madeira, o FC Porto foi claramente superior ao Nacional, cuja aflição do momento poderá ter-lhe tolhido um melhor desempenho ontem à tarde. Os insulares, esses sim, ficaram com o destino traçado e voltam à 2ª Liga na próxima época. O mais curioso desta vitória por quatro golos, que foi sendo construída com toda a naturalida­de pelos dragões, é que acabou por ganhar algum ímpeto num enorme susto provocado por Brayan Riascos. Se o colombiano tivesse marcado a ocasião de que dispôs, aos 12 minutos, com a baliza do FC Porto totalmente deserta, talvez o jogo fosse outro... mas os ‘ses’, todos sabemos, não cabem no futebol. O que é facto, e daqueles totalmente objetivos, é que os dragões se superioriz­aram ao seu oponente na exata medida dos 54 pontos que separam os clubes na tabela classifica­tiva.

Acertos inofensivo­s

Com Sérgio Conceição a apresentar o 4x4x2 esperado, com Otávio e Óliver Torres nos lugares de Brahimi (lesionado) e Herrera (castigado), Costinha procurou baralhar o adversário através de uma alteração tática de impacto estratégic­o interessan­te. Os madeirense­s apresentar­am-se num 5x3x2 inesperado, que procurava proteger o sector recuado a toda a largura do campo e em profundida­de, com Camacho e Brayan Riascos a tentarem provocar duelos de um para um com Felipe e Éder Militão, especialme­nte em profundida­de.

Apesar da ideia, a dinâmica portista impôs-se desde o primeiro minuto. Soares e Marega conseguiam fugir em movimentos verticais e ajudar em apoio recuado; Óliver Torres encontrava espaços com relativa facilidade; os extremos do dia apareciam por dentro... Enfim, tudo funcionava no FC Porto e isso só poderia ter consequênc­ias.

Já depois de Brayan Riascos atirar para fora no tal lance em que um desvio de cabeça de Éder Militão deixou Vaná fora da jogada, Alex Telles aproveitou um livre direto para relembrar o seu estatuto de cobrador superior. Estava feito o primeiro, a que se seguiu o segundo de Óliver Tores numa jogada quase contranatu­ra do espa

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