V de Verdade ou de Vergonha?
ERROS DE DOIS INCOMPETENTES EM VILA DO CONDE FORAM A MACHADADA FINAL ESTA LIGA ERA DE VERDADE OU DE VERGONHA? O LEITOR TIRARÁ A SUA LIVRE CONCLUSÃO, ADIVINHO QUE SAIBAM A MINHA. EU GOSTO DE CAMPEÕES DA VERDADE
erros de dois incompetentes em Vila do Conde foram a machadada final na credibilidade de um campeonato que se disputou com medíocre qualidade dentro de campo e com tenebrosas facas afiadas em seu redor. Julgo que não exista nenhuma Liga no Mundo onde a rivalidade saudável jaz num cemitério de poetas mortos, porquanto se impôs definitivamente um clima de ódio que a breve prazo matará, por cá, esta indústria, onde parece impossível uma homenagem e guarda de honra dos vencidos aos vencedores.
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não reconheço qualquer selo de qualidade do Bolshoi –uma das mais prestigiadas companhias de ballet do Mundo - ao ridículo e autofágico bailado de comunicados e posts nas redes sociais orquestrados pelas armadas de comunicação de Benfica e FC Porto, contudo, também tenho de reconhecer que é um insulto à inteligência e uma ofensa para qualquer pessoa de bem e honrada, que com dificuldades apoia o seu clube do coração, observar a rudimentar e sinistra inaptidão e inabilidade de diversos homens do apito. Sundance Kid –os dois mais simpáticos ladrões da história do cinema encarnados por Paul Newman e Robert Redford no filme de George Roy Hill, a mesma dupla de actores e realizador que criaram outra obra inesquecível “AGolpada” [“The Sting”] –, que lesaram o resultado de um jogo, estão neste grupo de elite. Esclareço desde já que não incrimino Hugo Miguel e Luís Godinho por qualquer banditismo ou gatunagem hipócrita ou imprópria, os filmes citados são mera metáfora das críticas que por certo eles escutaram e sentiram em programas televisivos, artigos de opinião e fóruns diversos. Eu acuso-os, sim, mas apenas de gritante incompetência. E num País onde o salário médio ronda os mil euros mensais, é perverso, é ignóbil e um dislate, que estes dois cavalheiros aufiram mais de 5 mil euros, entre salários e prémios, apenas para ostentar a sua evidente impreparação e vacuidade de talento.
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quero frisar vincadamente que tenho assistido com asco ao trabalho de queimar em lume brando Sérgio Conceição, que o pode levar a bater com a porta para não continuar sozinho a remar contra uma maré que era turva antes de ele ter aterrado no Dragão. O seu lugar é apetecível para desempregados e comissionistas, pois com a saída de meia equipa que pode render 150 milhões, ainda se acrescentam os 78 milhões que o técnico lá deixa com a fantástica Champions que realizou. E neste mercado veremos se há destreza e parcimónia nos gastos ou um momento Calígula, o famoso imperador que tornou senador o seu cavalo, e se gastam loucuras sem critério. Mas também quero dar os parabéns a um homem reservado e que sempre aqui elogiei: Bruno Lage. Este título será seu. Depois de uma série de aquisições falhadas, luzinhas e opções erradas, o setubalense, tal como Sérgio Conceição foi o cimento que tudo aglutinou na época transacta, mostrou ser o factor decisivo desta previsível conquista de amanhã. Mas subsiste uma dúvida: esta Liga era de Verdade ou de Vergonha? O leitor tirará a sua livre conclusão, adivinho que saibam a minha. Eu gosto de campeões da Verdade.