Finais inglesas... sem ingleses
ter no final deste mês/princípio do que vem as finais das duas mais importantes competições europeias e até mundiais –a da Liga Europa e a dos Campeões –e nelas vão participar quatro clubes ingleses, o que julgo ser inédito no panorama futebolístico. Escrevo clubes ingleses, porque as suas equipas de inglês têm muito pouco.
Osquatroclubesinglesessão treinados porumalemão (Klopp), um argentino (Pochettino), um espanhol (Emery) e um italiano (Sarri) e se tivermos em conta as suas últimas equipas titulares constataremos que no Liverpool e no Chelsea alinharam apenas dois ingleses, no Tottenham três e no Arsenal nenhum. Mas nestas equipas poderemos encontrar ganeses, franceses, argentinos, egípcios, brasileiros, espanhóis, italianos, portugueses, alemães, escoceses, holandeses… e por aí adiante.
Estesclubesinglesessão, pois, verdadeirasequipasmultinacionais e em
comum têm apenas uma coisa: muito dinheiro, vindo de investidores árabes, russos e norte-americanos, apenas com a exceção do Tottenham, que pertence a um inglês. E se acrescentarmos que o atual campeão é treinado por outro espanhol e que na última partida apenas alinhou com dois ingleses fica ainda mais evidente aquilo em que hoje se transformou a Premier: uma máquina de fazer dinheiro!
Tambémportudoistojulgoser muitodifícilparaaUEFApunir o Man. City com o afastamento da próxima Champions. Que consequências traria para a mais rica liga do Mundo? Como iriam reagir os investidores e os mercados onde as ações dos seus clubes estão cotadas? Por mim, é bem-vindo quem tiver dinheiro e queira investir neste negócio!
Aindapela‘ilha’, duasnotascuriosas:
primeira, na final do playoffde acesso à Premier vão estar duas figuras lendárias do Chelsea; Lampard, treinador do Derby County e Terry, adjunto no Aston Villa. E, segunda, provavelmente, Petr Cech deverá em Baku fazer o seu último jogo pelo Arsenal e a seguir assumir o cargo de diretor do futebol em Stamford Bridge.