“No V. Setúbal fiz das tripas coração”
Arrependeu- se de ter aceitado a missão de comandar o V. Setúbal agora que pode refletir sobre tudo o que aconteceu?
LV – Da minha parte houve sempre dedicação total e o profissionalismo que me caracteriza. Fazendo das tripas coração diariamente para que a máquina continuasse a andar. É um clube de que eu gosto, onde tive um prazer enorme de trabalhar, com pessoas que eu gosto e mantendo uma boa relação com a cidade e os adeptos. E muito forte com os jogadores e direção. Por algo em tão pouco tempo conseguimos deixar lá 19 pontos. Foi obra de toda a gente, até porque há muitos anos, talvez uma década, que se calhar o clube não alcançava essa soma tão rapidamente. Passámos muito bons momentos e fico feliz que tenham concretizado os seus objetivos.
Os incidentes que ocorreram quando o Boavista visitou o Bonfim deixaram-no chocado?
LV – É claro que toda a gente fica triste e lamenta todos aqueles momentos, cenas e atitudes. Não sou apenas eu. Sou eu, o senhor e qualquer adepto de futebol. Mas o Vitória não é o primeiro clube onde acontecem estas situações, noutros clubes já ocorreram até casos mais graves e conseguiram sempre ultrapassar o problema. O Vitória vai acabar por demonstrar o clube que é.
Por falar em arbitragens, voltaria a ajoelhar-se no relvado como quando foi expulso por Nuno Almeida frente ao Belenenses?
LV – Para ter feito aquilo foi porque refleti. Acho que naquele momento tive de imediato a certeza de que não tinha feito nada para ser expulso, mas que não havia forma de o árbitro recuar. Por isso tive de pedir pelo menos uma bênção ao Divino. A meu ver é exagerado o volume de expulsões de treinadores e dirigentes. Todos fazemos parte deste espetáculo e é importante que possamos estar no banco a desempenhar funções. *