Record (Portugal)

“Sabemos o que estamos a fazer”

- MARIANA BÉU

Explica que estratégia para 2019/20 não dependia de empréstimo obrigacion­ista

A euforia em torno do Benfica extravasou o domínio desportivo e passou para o campo financeiro. A SAD divulgou ontem os resultados do empréstimo obrigacion­ista e anunciou que a procura dos títulos de dívida atingiu os 118 milhões de euros, ou seja, o triplo da oferta, fixada nos 40 milhões de euros. Esta emissão a três anos foi subscrita por 4.973 investidor­es, sublinhara­m os encarnados na Bolsa de Valores de Lisboa, tendo Luís Filipe Vieira tocado o sino que assinala o encerramen­to da sessão.

Apesar do sucesso da operação, o presidente dos encarnados dei

PROCURA FOI O TRIPLO DA OFERTA. SOARES DE OLIVEIRA SEPAROU O ÊXITO DA EUFORIA NO CAMPO DESPORTIVO

xou claro que “toda a estratégia do Benfica para a próxima época não estava dependente” deste empréstimo e abordou as várias renovações. “Sabemos o que estamos a fazer e as renovações no Benfica não são em termos de contrato, com exceção de Samaris. Os outros irão passo a passo. Saberemos concluir o que pretendemo­s e iremos concluir com sucesso”, assegurou Vieira. Explicando, da última leva de renovações, o médio grego era o único que estava em final de contrato, estando agora vinculado até 2023.

Ao lado de Vieira, Domingos Soares de Oliveira referiu-se a esta emissão como “um símbolo”. “Fizemos a primeira emissão obrigacion­ista há 15 anos e quando vemos a maturidade das ofertas e o entusiasmo dos investidor­es é um marco”, vincou o administra­dor da SAD. O responsáve­l separou o êxito da operação da euforia que se vive no campo desportivo. “Não creio que haja relação direta. As pessoas conseguem analisar a robustez da SAD em termos económicos de uma maneira isolada”, vincou. Além da oferta pública de subscrição, o Benfica realizou uma oferta pública de troca, dirigida aos detentores de obrigações emitidas em 2017. Foram 580 os investidor­es que aceitaram a operação, num total de 11,55 milhões de euros. O encaixe bruto, com a dupla operação, foi próximo dos 28,5 milhões de euros. *

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SOLENE. Vieira com os administra­dores Gaioso Ribeiro, Soares de Oliveira e Rui Costa e a presidente da Euronext Lisboa, Isabel Ucha

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