Minho na rota europeia
çSp. Braga e Vitória de Guimarães iniciam hoje o penúltimo capítulo rumo a um ansiado acesso à fase de grupos da Liga Europa. Os vimaranenses, que arrancaram o exercício com três triunfos e três balizas-virgens, irão digladiar-se com o Ventspils. Claramente favoritos, a que acresce o adolescer vigoroso do ideário perfilhado por Ivo Vieira, os conquistadores não podem facilitar. Terão pela frente um rival que se encontra numa fase muito avançada da época – 21 jogos na Virsliga – e que soube tirar partido do fator casa para eliminar Teuta e Gzira United. Organizados estruturalmente entre o 4x1x4x1 e o 4x3x3, os letões revelam acutilância nos lances de bola parada – frontais e laterais – e na perscrutação de transição ofensivas, que buscam a velocidade e potência de Tosin Aiyegun e a imprevisibilidade de Serhiichuk, incisivo nas diagonais. Contudo, o processo defensivo apresenta debilidades nos três momentos – organização, transição e defesa de bolas paradas –, algo que pode ser exaustivamente explorado pelo Vitória. A estreia oficial do Braga em 2019/20 suscita elevado interesse. O plantel continua a ser muito rico, com 2-3 opções por posição, e Sá Pinto tem vindo a introduzir alterações relevantes quer na organização estrutural – 4x2x3x1 com variações para o 4x3x3 – quer no modelo de jogo, principalmente em momento ofensivo. Apesar da mais-valia individual em relação ao Brøndby, a eliminatória estará muito longe de ser um passeio para os guerreiros. Com oito jogos oficiais disputados em 2019/20, o que coloca os dinamarqueses, fiéis a uma estrutura entre o 4x1x4x1 e o 4x3x3, num registo competitivo superior, os maiores perigos poderão vir da forma agressiva e pressionante como abordam os jogos, conseguindo várias recuperações no meio-campo ofensivo, como também da incisividade colocada na exploração do jogo exterior (em ataque posicional), do espaço nas costas da defesa rival (em transição ofensiva) e do vigoroso ataque aéreo (em lances de bola parada laterais).