“Vender banha da cobra”
António Simões afirma ser “irrealista” a ideia de que pode ser possível o Benfica vencer a Liga dos Campeões com uma equipa formada maioritariamente com jogadores oriundos da formação, como tem sido defendido pelo presidente encarnado, Luís Filipe Vieira.
“Diz-se isso pois fica bonito e os sócios adoram ouvir. Não vale a pena estar a vender banha da cobra”, começou por afirmar a antiga glória benfiquista, à Rádio Renascença, embora destaque as virtudes do Caixa Futebol Campus: “Trabalha-se bem no Seixal, saem muitos jogadores, mas não vale a pena pensar em competir com os outros que, além de terem as suas escolas de formação, têm capacidade financeira de ir buscar os melhores.” Relativamente às hipóteses das águias em revalidar o título de campeão nacional, Simões, de 75 anos, mostrou-se muito mais confiante. “O Benfica é o mais sério candidato ao título. Não apenas por aquilo que se viu, mas tendo em conta o plantel e o modelo de jogo visivelmente consolidado”, assinalou o antigo internacional português. Simões comentou ainda a euforia em torno da formação liderada por Bruno Lage, depois da conquista da Supertaça, e que deve ser traduzida em casa cheia no sábado, frente ao Paços de Ferreira. “Tendo em conta a dimensão do Benfica, estranho é que o estádio não esteja vendido em todos os jogos da temporada.”
Em causa, o objetivo do presidente de vencer Champions com equipa assente na formação