Portimonense Belenenses
Turma de Portimão, muito perdulária, foi melhor e os azuis só causaram sobressaltos na ponta final
NULO PENALIZA EQUIPA DE FOLHA FALTARAM OS GOLOS MAS O JOGO QUE ABRIU A LIGA FOI ENTRETIDO E TEVE MUITOS MOMENTOS DE QUALIDADE
A Liga 2019/20 abriu com um nulo mas o jogo, pese a falta de golos, foi entretido e teve muitos momentos de qualidade. O Portimonense, por cima até à entrada do último quarto de hora, pode queixar-se da falta de acerto na finalização, pois esbanjou várias ocasiões claras, as duas melhores com os mesmos protagonistas: cruzamentos de Anzai desaproveitados por Iury Castilho (61’ e 78’), que viu Koffi negar-lhe os intentos no primeiro lance e no segundo atirou ao lado. Pressionando alto, os algarvios recuperaram muitas vezes a bola em zonas adiantadas do terreno e sujeitaram o Belenenses a momentos de grande pressão. Valeu aos azuis alguma falta de lucidez dos homens da casa no momento do último passe ou do remate. Se ao intervalo o resultado não condizia com o que se passara em campo – o Belenenses fez apenas um remate frouxo na direção da baliza - na segunda parte a dinâmica ofensiva do Portimonense teve momentos de algum brilho, com Anzai em destaque. O veloz japonês escapou pela direita várias vezes, beneficiando da qualidade de passe de Paulinho e Rômulo para chegar à linha de fundo e cruzar. Mas não teve a devida correspondência.
Digamos que o processo ofensivo do conjunto de Portimão está bem oleado exceto na parte que... decide jogos. Iury Castilho lutou muito, mas já sentirá a sombra de José Gomes, ontem apresentado, e de Jackson Martínez, que chega em breve: unidades, previsivelmente, com maior poder de fogo. Com o Portimonense por cima, Silas foi mexendo (e bem) na equipa de forma a conferir-lhe maior pulmão no meio e mais rapidez na frente, procurando aproveitar os espaços nas costas dos algarvios. Uma estratégia que por pouco não dava a vitória nos minutos finais. A equipa da casa, fruto do cansaço acumulado, deixou de ter as suas linhas tão próximas e o Belenenses aproveitou a profundidade para criar desequilíbrios e no mesmo minuto (86’), em dois lances consecutivos, Kikas, Lucca e Licá estiveram muito perto de colocar o Belenenses em vantagem. Seria injusto, em função do que se passou nos 90 minutos, mas por pouco não aconteceu...