Record (Portugal)

AMAREL A JÁ NÃO FOGE

João Rodrigues chegou à liderança no dia em que já ninguém lha podia roubar. Sonho realizado!

- PEDRO FILIPE PINTO

VESTIU A CAMISOLA... PARA FESTEJAR

Chegou ao fim uma Volta a Portugal que teve Torre, Larouco, Senhora da Graça e muito, muito espetáculo. Muitos dizem que é lá no alto da Serra da Estrela que se vê quem tem ou não capacidade para vencer a Portuguesa. Aí mostrou-se João Rodrigues, que bateu toda a concorrênc­ia e alcançou a maior vitória da carreira. Maior... até ontem! Porque no Porto, o algarvio vestiu a camisola amarela pela primeira vez e logo no dia em que ninguém lhe poderia roubar, concretiza­ndo o sonho de qualquer corredor português. “Ainda não caí bem em mim. Foram meses de muito trabalho. Obrigado a todos os que acreditara­m. É uma sensação de alívio vencer esta Volta, depois de todos estes dias de forças igualadas, com o mesmo tempo. É bastante especial vencer, ainda por cima no Porto, com todos estes adeptos. São momentos únicos que vou guardar para sempre”, frisa o herói da Volta, de apenas 24 anos, destacando o timing de vestir a amarela. “Claro que este triunfo tem um sabor especial, até porque a consegui mesmo no último momento. Agora já ninguém me pode roubá-la!” Apesar de todos os holofotes estarem em si, João Rodrigues deixa uma palavra à concorrênc­ia. “Era bastante forte. Infelizmen­te o Vicente teve a doença que o impossibil­itou de acabar a prova, estaria aqui hoje na discussão certamente. Hoje [ontem], contra o Jóni, foi homem a homem e fui mais forte”, sublinha o algarvio.

“AINDA NÃO CAÍ BEM EM MIM. É UMA SENSAÇÃO DE ALÍVIO VENCER ESTA VOLTA. É ÚNICO”, GARANTE O CAMPEÃO DE 2019

Estratégia perfeita

Tudo está bem quando se ganha! Quando ficou sem o campeão em título, Raúl Alarcón, devido a uma lesão grave após queda no GP Abimota, Nuno Ribeiro foi obrigado a mudar de estratégia, mas no final acabou como nos últimos anos: em festa. “Com o Alarcón fora, as nossas apostas eram para dois ciclistas. Disse no final da Alentejana que o João era um favorito a ganhar, se não neste ano, nos próximos. Com a infelicida­de do Raúl teve uma oportunida­de ainda maior. Aproveitou-a e bem. Está de parabéns, tal como toda a equipa”, afirmou o diretor desportivo.

Em relação ao futuro de João Rodrigues, o antigo corredor, de 41 anos, garante que não vai ‘cortar as asas’ ao talentoso português. “É difícil segurar o João como qualquer ciclista. Tem de escolher o melhor para ele, tentar fazer a melhor gestão de carreira. Se conseguir uma equipa que lhe dê satisfação e que consiga que evolua no futuro, é importante para ele e o ciclismo português”, salienta Nuno Ribeiro.

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W52-FC Porto celebrou na Av. dos Aliados, e nem Pinto da Costa faltou
FESTA. W52-FC Porto celebrou na Av. dos Aliados, e nem Pinto da Costa faltou
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