Preocupações
As reações de Frederico Varandas que as câmaras de TV foram apanhando ao longo do jogo de ontem na Madeira mostram, no mínimo, um presidente preocupado. Após a hecatombe da Supertaça, o líder dos leões procurou desdramatizar o resultado e o momento, utilizando uma expressão infeliz que tem sido utilizada como arma pelos seus adversários internos. Mas é óbvio que, para Varandas, como para qualquer sportinguista, o momento é preocupante e exige uma resposta imediata. Porque a época não acabou na Supertaça.
O Sporting, mais uma vez, parte atrás dos dois rivais na corrida pelo título. Apesar de viver com mais estabilidade do que há um ano, é um clube que paga a fatura de ficar fora da Champions pela segunda temporada consecutiva, o que representa muito dinheiro a menos em relação a FC Porto e Benfica. E isso tem reflexos na construção do próprio plantel. Ninguém de bom senso pode afirmar que o Sporting tem jogadores, em quantidade e qualidade, ao nível dos outros candidatos.
Num clube grande, o discurso tem de ser de ambição e o mais fácil é prometer conquistas no imediato. Mas o Sporting só conseguirá realmente encurtar as distâncias para Benfica e FC Porto com uma ideia a longo prazo, mesmo que isso possa dificultar uma afirmação no presente. Querer ganhar para ontem é meio caminho andado para não se ganhar amanhã.