Mudança de tendência
A Premier League parece mudar de tendência.
No último defeso, houve menos
11% de investimento em compras de jogadores. Há quem relacione este estancamento do mercado com o predomínio inglês nas competições europeias da última época. Gastaram-se 1.503 milhões de euros na aquisição de 246 jogadores. No ano anterior, o investimento atingiu os 1.654 milhões, repartidos por 356 atletas. Na lista das dez transferências mais caras, o campeonato inglês só meteu dois jogadores (Maguire/United e Rodri/City), quando no ano anterior dominava com sete. Recorde-se que os clubes ingleses repartiram entre si 2.456 milhões de euros em 2018/19, à conta dos contratos televisivos.
O campeão europeu Liverpool, que em 2018/19 gastara 182 milhões, só investiu 1,9 milhões na compra do defesa holandês Sepp van den Berg (o guarda-redes Adrian chegou livre), tendo ainda aproveitado para se libertar de meia dúzia de ‘pesos mortos’. “Não contratamos por contratar. Isso não faz sentido”, explicou Jürgen Klopp. O City (167 M€), o United (159 M€) e o Arsenal (152,4 M€) foram os clubes que mais abriram os cordões à bolsa, mas o Tottenham de Pochettino, após 500 dias sem contratações, consumiu agora 87 milhões. Mesmo assim, não satisfez os valores pretendidos pelo Sporting por Bruno Fernandes, preferindo reforçar o meio-campo com Lo Celso (Betis), num negócio diferido no tempo (15 milhões de imediato e 41 a serem pagos só dentro de um ano). Mais do que o investimento das equipas de Manchester, já habitual, chamou a atenção a forma como o Arsenal se reforçou (David Luiz, Pépé, Ceballos). No segundo ano do seu projeto, Unai Emery parece querer fazer melhor do que o quinto lugar da época passada e evitar a quarta época consecutiva sem Champions.