NICK KYRGIOS PASSOU O LIMITE
Em Cincinnati, insultou, cuspiu, foi multado em 100 mil euros e ainda pode ser suspenso
Nick Kyrgios, um dos maiores talentos do ténis mundial, teima em continuar a ser notícia pelas piores razões possíveis. O australiano de 24 anos, que ainda há duas semanas conquistou o seu sexto título ATP da carreira em Washington, foi eliminado na segunda ronda do ATP Masters 1000 de Cincinnati, nos Estados Unidos, diante do russo Karen Khachanov – 6-7(3), 7-6(4) e 6-2 –, num encontro marcado por várias polémicas com o árbitro irlandês Fergus Murphy que ultrapassaram todos os limites. Irritado com o que considerou ros e está sob investigação para uma possível suspensão, muito provável, tendo em conta que o tenista de Camberra é reincidente. Boris Becker, antigo nº 1 um mundial, saiu em defesa do australiano. “Sou a favor de todas as multas para o Nick, mas suspendê-lo é demasiado drástico e penalizador para o ténis, na minha opinião. Espero que ele cresça e tenha a capacidade de ser o próximo líder do ténis, depois de o Roger [Federer], o Rafa [Nadal] e o Novak [Djokovic] se retirarem”, escreveu nas redes sociais. Uma eventual suspensão não deve, no entanto, afetar a sua presença no US Open, que é um torneio organizado pela Federação Internacional de Ténis (ITF) e não pelo ATP Tour.
Triste historial
Este é o terceiro grande escândalo a envolver Kyrgios em 2019: o australiano foi desqualificado na segunda ronda do ATP Masters 1000 de Roma, diante do norueguês Casper Ruud, depois de atirar uma cadeira para dentro do court, e semanas depois foi novamente multado exemplarmente depois de atirar uma raqueta para fora do estádio no Queen’s Club, que por pouco não acertou em alguns fãs que circulavam nas redondezas. Contas feitas, Kyrgios já pagou ao longo da sua carreira quase 300 mil euros em multas. Colocando em perspetiva, é cerca de 5 por cento do seu prize-money.