RONAL DO COM RECORDE NO HORIZONTE
FERNANDO SANTOS PERENTÓRIO “Luxemburgo não é só chuto para a frente”
prossegue hoje a luta pelo apuramento para o Europeu do próximo ano, frente ao Luxemburgo, um adversário teoricamente mais fraco e que, nesta fase, só soma uma vitória e um empate, frente ao último classificado do Grupo B, a Lituânia. Ainda assim, Fernando Santos alertou para as dificuldades de Portugal e pediu para que ninguém se fie apenas nos rankings. Aliás, o selecionador deixou a teoria para trás e falou em situações concretas, que atestam a qualidade dos luxemburgueses. “Se olharmos para os resultados, podemos até achar que é uma equipa acessível, mas se olharmos para os jogos que fizeram seguramente que não. No jogo que fizeram com a Ucrânia, em casa, perdeu 2-1, aos 94 minutos, com um autogolo, depois de ter tido muitas oportunidades para fazer o 2-1 e até poderia ter ganho facilmente. Foi injusto para o Luxemburgo e a Ucrânia teve muita felicidade. E depois no jogo que os meus jogadores visionaram que foi o Ucrânia-Luxemburgo, o resultado foi 1-0 e com um golo anulado ao Luxemburgo com muitas dúvidas”, assinalou o técnico, antes de elencar as principais características do adversário desta noite: “Uma equipa que não só defende bem, mas que também é muito organizada, que sai em posse, não tem nada a ver com os adversários que normalmente só defendem muito, apostam nos chutos para a frente, nos contra-ataques. É uma equipa que aborda o jogo de frente e mesmo no jogo com a Sérvia, que perdeu 3-1, o Luxemburgo teve duas bolas ao poste.”
Evolução
O selecionador da equipa das quinas assinala que o futebol luxemburguês tem vindo a crescer nos últimos anos, mas não deixa de sublinhar que Portugal é “claramente melhor”. “O Luxemburgo tem um selecionador que está à frente da equipa há nove anos, as equipas jovens do Luxemburgo têm conseguido bons resultados, e isso prova-se também pela convocatória para este jogo. Só dois ou três jogadores atuam no Luxemburgo, o resto joga na Bélgica, Alemanha, Rússia. Se olharmos para o nome, ranking e resultados, é diferente. Mas tenho a certeza que somos melhores, desde que se cumpram os critérios importantes para estarmos ao nosso melhor nível”, vincou.
“SE OLHARMOS PARA OS RESULTADOS, PODEMOS PENSAR QUE É ACESSÍVEL, MAS SE VIRMOS OS JOGOS, NÃO”
“PORTUGAL É CLARAMENTE MELHOR, MAS É PRECISO QUE SE CUMPRAM CRITÉRIOS PARA ESTARMOS AO MELHOR NÍVEL”