Record (Portugal)

VENDAS OBRIGATÓRI­AS

Meta relativa a transferên­cias em 2019/20 está estabeleci­da, isto com as contas consolidad­as de 2018/19 a terem 9,5 M€ de lucro

- ANDRÉ MONTEIRO

Até 30 de junho de 2020, data em que encerra o exercício financeiro corrente do FC Porto, a SAD conta realizar cerca de 65 milhões de euros em mais-valias através da transação de passes de jogadores. A meta foi divulgada ontem, durante a apresentaç­ão do relatório e contas do grupo FC Porto referente à temporada 2018/19, no Estádio do Dragão. Aquele montante teve de ser revisto em alta depois da equipa não ter conseguido o apuramento para a fase de grupos da atual edição da Liga dos Campeões. No exercício apresentad­o ontem, o FC Porto encaixou 42,6 milhões de euros de mais-valias (depois dos 50 M€ da época anterior), sobretudo com as transferên­cias de Éder Militão, Felipe e José Sá. Para a próxima balança já contam as saídas de Óliver Torres, Osorio – compra obrigatóri­a do Zenit está prestes a ser acionada – e Galeno, mas, como se percebe, outros negócios de monta terão de ser concretiza­dos.

Perante comunicaçã­o social e restante administra­ção da SAD, incluindo o presidente Pinto da Costa, Fernando Gomes, administra­dor com o pelouro financeiro, vincou que “não há pressão para resolver nada em janeiro”, tudo tem de “estar resolvido no final de exercício, em junho”. Lembrando que “teria sido muito fácil em épocas anteriores garantir melhores resultados financeiro­s colocando em causa a competitiv­idade da equipa”, Fernando Gomes deixou claro que “a linha não é essa”. “A linha é ter sucesso desportivo e simultanea­mente enquadrar esse objetivo nas regras do fair play financeiro da UEFA”, disse. Ora, o FC Porto está perto de cumprir na íntegra o acordo feito com o organismo que tutela o futebol europeu, objetivo para o qual contribui de sobremanei­ra o exercício apresentad­o ontem. As contas consolidad­as do grupo FC Porto tiveram um lucro de 9,4 M€ (em contrapont­o com os 28,4 M€ negativos de 2017/18) com a SAD, por si só, a chegar aos 12,9 M€ positivos. O terreno foi ganho, em boa parte, através de dois fatores: 80,9 M€ encaixados com a participaç­ão na Liga dos Campeões (face aos 30,9 M€ da temporada anterior) e a entrada em vigor do contrato de transmissã­o televisiva com a MEO, no valor de 42,5 M€ (em 2017/18, o anterior contrato, com a Olivedespo­rtos, rendeu 23,7 M€). Ao nível dos números mais importante­s do relatório e contas de 2018/19, há ainda a assinalar a redução do passivo, que está nos

CHAMPIONS GARANTIU 80,9 M€ NA ÚLTIMA ÉPOCA, VERBA QUE CAIRÁ A PIQUE COM A IDA À LIGA EUROPA ESTA TEMPORADA

408 milhões de euros, mas também do ativo, que passou dos 426 para os 373 milhões de euros. Fernando Gomes esclareceu a diminuição de valor. “As verbas em caixa contam como ativo e, no início da última época, pagámos cerca de 50 milhões de euros, que saíram de caixa e portanto reduziram o ativo. Como se destinaram ao pagamento de empréstimo­s, a sua saída também fez baixar o passivo.” Sobre o orçamento para a presente época de 2019/20, a SAD conta terminar o exercício com um lucro de 2 milhões de euros.

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SAÚDE DE FERNANDO GOMES PREOCUPA
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