Record (Portugal)

“Relativame­nte calmos quanto ao fair play”

- ANDRÉ MONTEIRO

SAD azul e branca tem almofada de cerca de 22,2 M€ para gerir o seu cumpriment­o integral

FC Porto acredita que cumprirá na íntegra o acordo sobre o fair play financeiro estabeleci­do com a UEFA e tal significa que o ‘break even’ [n.d.r.: ponto de equilíbrio] será atingido. Na prática, a SAD conta com uma almofada de segurança na ordem dos 22,2 milhões de euros, fruto do lucro das contas consolidad­as de 9,4 milhões de euros, mais 12,8 milhões de euros de custos que a UEFA não contabiliz­a para efeitos de fair play financeiro (despesas que dizem respeito a formação, amortizaçõ­es e impostos sobre o rendimento). “Esta é a última época do acordo. Temos de ter ‘break even’, não podemos ter resultados negativos, descontada­s já as despesas que não entram para esse cálculo. Até hoje sempre cumprimos, e com folga, o que negociámos com a UEFA. (...) Como o que importa é a média dos últimos três anos, estamos relativame­nte calmos quanto ao cumpriment­o do fair play financeiro”, disse Fernando Gomes. Apesar dos sinais de confiança, o administra­dor reforçou a necessidad­e de a sociedade manter uma gestão rigorosa, até porque o orçamento do presente exercício, como admitiu, teve de ser reformulad­o pela não entrada na Champions. “Este será um ano tão desafiante ou mais do que os anteriores. Em 27 edições da Liga dos Campeões, o FC Porto ficou de fora apenas em quatro e este é um desses anos, ainda por cima num momento em que as receitas providenci­adas pela UEFA triplicara­m. Portanto, traz-nos um constrangi­mento acrescido de que não estávamos à espera. Tenho de confidenci­ar que, no orçamento que tínhamos feito, estávamos a incluir uma verba semelhante à diferença entre os dois últimos anos, verba que nos vai faltar. Há sem dúvida um constrangi­mento relativame­nte a este exercício, mas amolecido pelo bom resultado que tivemos nas épocas anteriores”, referiu, garantindo que os custos com pessoal, na presente época, voltam a estar “nivelados” à volta dos 78 M€: “Se houver agravament­o, que seja por boas razões, por termos de pagar prémios extraordin­ários aos jogadores, que seja por cantarmos vitória.”

“ESTE SERÁ UM ANO TÃO DESAFIANTE COMO OS OUTROS”, DISSE, LEMBRANDO A NÃO PARTICIPAÇ­ÃO NA CHAMPIONS

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PRAGMÁTICO. Administra­dor otimista, sem baixar rigor

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