“Relativamente calmos quanto ao fair play”
SAD azul e branca tem almofada de cerca de 22,2 M€ para gerir o seu cumprimento integral
FC Porto acredita que cumprirá na íntegra o acordo sobre o fair play financeiro estabelecido com a UEFA e tal significa que o ‘break even’ [n.d.r.: ponto de equilíbrio] será atingido. Na prática, a SAD conta com uma almofada de segurança na ordem dos 22,2 milhões de euros, fruto do lucro das contas consolidadas de 9,4 milhões de euros, mais 12,8 milhões de euros de custos que a UEFA não contabiliza para efeitos de fair play financeiro (despesas que dizem respeito a formação, amortizações e impostos sobre o rendimento). “Esta é a última época do acordo. Temos de ter ‘break even’, não podemos ter resultados negativos, descontadas já as despesas que não entram para esse cálculo. Até hoje sempre cumprimos, e com folga, o que negociámos com a UEFA. (...) Como o que importa é a média dos últimos três anos, estamos relativamente calmos quanto ao cumprimento do fair play financeiro”, disse Fernando Gomes. Apesar dos sinais de confiança, o administrador reforçou a necessidade de a sociedade manter uma gestão rigorosa, até porque o orçamento do presente exercício, como admitiu, teve de ser reformulado pela não entrada na Champions. “Este será um ano tão desafiante ou mais do que os anteriores. Em 27 edições da Liga dos Campeões, o FC Porto ficou de fora apenas em quatro e este é um desses anos, ainda por cima num momento em que as receitas providenciadas pela UEFA triplicaram. Portanto, traz-nos um constrangimento acrescido de que não estávamos à espera. Tenho de confidenciar que, no orçamento que tínhamos feito, estávamos a incluir uma verba semelhante à diferença entre os dois últimos anos, verba que nos vai faltar. Há sem dúvida um constrangimento relativamente a este exercício, mas amolecido pelo bom resultado que tivemos nas épocas anteriores”, referiu, garantindo que os custos com pessoal, na presente época, voltam a estar “nivelados” à volta dos 78 M€: “Se houver agravamento, que seja por boas razões, por termos de pagar prémios extraordinários aos jogadores, que seja por cantarmos vitória.”
“ESTE SERÁ UM ANO TÃO DESAFIANTE COMO OS OUTROS”, DISSE, LEMBRANDO A NÃO PARTICIPAÇÃO NA CHAMPIONS