“Às vezes nem é preciso falar muito com o Diogo Leite”
Tem
algum jogador que sirva de referência para si em termos de estilo de jogo?
DQ – Quando me fazem essa pergunta, nunca sei o que responder. Não tenho nenhum que idolatre desde pequeno. Tento acompanhar e seguir os que estão melhor no momento. O melhor agora é o Van Dijk e pode ser a minha referência e para o ano ser outro.
Sente que os centrais hoje em dia já não podem ser, de todo, apenas jogadores defensivos?
DQ – Não são só jogadores que tratam de não deixar a equipa adversária marcar golos, mas também as jogadas cada vez mais começam de trás. Se o central não tiver algum poderio com bola e qualidade para construir jogo, não é completo e não irá ser o melhor.
Para um central, marca bastantes golos. Faz trabalho específico para isso?
DQ – Tento dar o meu máximo quando fazemos trabalho de finalização porque, como sou central, não apareço tantas vezes lá à frente. Quando apareço, tento aproveitar as poucas oportunidades que tenho. É preciso treinar bem.
Tem conseguido uma carreira com inúmeros títulos muito importantes. Consegue apontar um mais marcante ou é impossível?
DQ – É impossível. Falando dos dois Europeus e da Youth League, são todos importantes à sua medida. O de sub-17 foi o primeiro, no de sub-19 fizemos história por Portugal e na Youth League fizemos história pelo FC Porto e por Portugal.
DQ – Houve várias coisas que não correram tão bem e acho que também faltou um bocado de sorte em alguns jogos. Era porque não tinha de ser para nós, porque tínhamos feito mais para pelo menos passar a fase de grupos. Agora já estamos a preparar o Europeu sub-21. DQ – Foi muito importante porque é um selecionador novo, toda a gente quer mostrar mais um bocadinho para entrar no leque de jogadores selecionados por ele. Comecei bem e espero continuar a jogar na Bélgica para merecer a confiança do míster Rui Jorge, para continuar a ser convocado nas próximas oportunidades.
Tem formado um dupla que joga quase de olhos fechados com o Diogo Leite. O que faz tudo funcionar assim entre vocês?
DQ – Já são muitos anos, já o conheço muito bem, como ele me conhece a mim. Às vezes nem é preciso falar muito, porque já conheço os pontos fortes e fracos dele, tal como ele conhece os meus. Completamo-nos e é isso que nos faz uma grande dupla.
“QUANDO APAREÇO LÁ NA FRENTE TENTO APROVEITAR AS POUCAS OPORTUNIDADES QUE TENHO. É PRECISO TREINAR BEM”
É uma dupla para ver no FC Porto e nos AA daqui a uns anos?
DQ – Vamos trabalhar para isso!
Por falar em Diogos, o que aconteceu para ter surgido uma fornada de Diogos assim? Queirós, Dalot, Leite, Costa... O segredo está no nome?
DQ – Não sei (risos)... mas uma coisa que todos têm em comum é que dão o máximo em todos os dias em que vão para o relvado e têm uma ambição imensa. Têm o desejo muito grande de poderem ter a melhor carreira possível.
Gostava de juntar os Diogos na Seleção Nacional?
DQ – Se continuarmos a trabalhar e a evoluir e sempre a acrescentar algo ao nosso jogo, acho que podemos todos chegar lá e ter uma carreira muito feliz.