Record (Portugal)

Isto só com vídeo

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Portugal defrontou Luxemburgo na sexta-feira; ontem houve treino para os jogadores não utilizados e viagem para a Ucrânia; hoje há treino e amanhã é dia de jogo.

Fernando Santos reconheceu as limitações: “Não temos tempo para treinar”, reforçou. Refere-se ao trabalho em campo, porque há outra vertente a explorar: “Explicar aos jogadores por escrito e imagens o que é o adversário para que eles tenham um conhecimen­to máximo.”

A análise em vídeo já é uma realidade há algum tempo nos clubes e seleções, mesmo em estruturas mais modestas. Com a ajuda da tecnologia, é possível saber tudo e rapida

FALTA DE TEMPO PARA TREINAR NO CAMPO É COMPENSADA COM A ANÁLISE EM VÍDEO E AO PORMENOR

mente, através do que se vê no computador, sobre o adversário que se vai ter pela frente no relvado.

Converso com analistas de equipas e fico fascinado com a informação que é possível passar aos jogadores. Rui Sousa, hoje no Farense, contou-me isto quando estava no América Mineiro, então na 2.ª divisão do Brasil: “O jogador consegue ver o adversário, como ele caminha, corre e até a cor das chuteiras. No jogo ele não tem tempo para ver a cara do adversário, terá um ‘flash’. O grande pormenor na análise é a escolha de imagem. Já vi jogadores a a rever o vídeo no telemóvel antes de subirem para o relvado”. Tiago Leal, que está com Paulo Fonseca na Roma, disse-me que chegam a este ponto: “Nós falamos da posição do pescoço e dos pés, da forma como rodam o tronco.” O treino da imagem vai ao pormenor... e ajuda a ganhar jogos.

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