Benedito por não dito
Com os poderes da bola de cristal que o cronista de Record e meu parceiro de painel na CMTV, Carlos Barbosa da Cruz, me conferiu, auguro que João Benedito vai ser, mais cedo do que tarde, o próximo presidente do Sporting. E nem preciso de ser bruxo para fazer essa leitura. Todavia, a responsabilidade de ter sido apoiado por mais 1.018 votantes que Frederico Varandas traça igualmente uma linha verde a partir da qual o “estar atento” e o silêncio tático têm prazo de validade. Os tumultos da última assembleia geral colocam o leão numa rota que pode terminar num abismo autodestrutivo, também, para quem vier a seguir. Começa a chegar a hora de João Benedito esclarecer
A ATUAL FALTA DE LIDERANÇA DEIXOU O SPORTING EM ESTADO DE GUERRA CIVIL QUE PENALIZA SILÊNCIOS
se está contra os críticos e defende o cumprimento do mandato de Varandas até 2022. A falta de liderança deixou o Sporting num estado de guerra civil que penaliza faltas de comparência e, existe sempre esse risco, a história pode confundir as prováveis melhores intenções de Benedito com as conspirações palacianas de Bruno de Carvalho até à queda de Godinho Lopes.
Julen Lopetegui foi despedido do FC Porto e, quando assinou pela seleção espanhola, acertou um salário simbólico de 250 mil euros anuais. A razão dessa vergonha na qual a federação espanhola foi cúmplice? Os dragões estavam obrigados a cobrir o restante até aos 1,1 milhões que auferia em Portugal. E assim, em 2016/17, Lopetegui custava mais ao FC Porto do que o próprio Nuno Espírito Santo. Vir agora pedir um reforço da indemnização só confirma o mau caráter do técnico espanhol.