RACISMO FAZ ROLAR CABEÇA DE MIHAYLOV
Primeiro-ministro da Bulgária ‘obriga’ presidente da federação a demitir-se
Borislav Mihaylov, presidente da federação da Bulgária, demitiu-se ontem na sequência dos insultos racistas – os adeptos búlgaros imitaram sons de macacos e fizeram saudações nazis – ocorridos na segunda-feira, no jogo com Inglaterra, a contar para a 8ª jornada do Grupo A da fase de apuramento para o Euro’2020. “Esta minha posição é fruto do clima de tensão instalado nos últimos dias, situação essa que prejudica o futebol búlgaro”, justificou o dirigente, de 56 anos. A decisão do antigo guarda-redes do Belenenses (1989 a 1991) foi tomada devido à pressão do governo. “Peço a Mihaylov que se demita imediatamente. A Bulgária é um dos países mais tolerantes do mundo. É um país onde diferentes etnias e religiões convivem em paz. É inaceitável que a Bulgária seja associada ao racismo e xenofobia”, escrevera, horas antes, Boyko Borisov, primeiro-ministro búlgaro, que ordenara ao ministro do desporto, Krasen Kralev, que suspendesse o apoio à federação enquanto Mihaylov não saísse.
Sterling satisfeito
Autor de dois golos e uma assistência na goleada (6-0) à Bulgária em Sófia, o inglês Raheem Sterling congratulou o primeiro-ministro búlgaro. “Boa movimentação, senhor Borisov”, anotou no Twitter o atacante do Manchester City, que utilizara a mesma rede social para desabafar poucos minutos depois da partida: “Sinto pena por a Bulgária ser representada no seu estádio por estes idiotas...”
“ESTA MINHA POSIÇÃO É FRUTO DO CLIMA DE TENSÃO INSTALADO NOS ÚLTIMOS DIAS”, JUSTIFICOU O AGORA EX-DIRIGENTE