CRONOESCALADA É A CEREJA
Tour apresenta a 107.ª edição em Paris com novas montanhas em traçado muito duro
A apresentação do Tour é sempre um acontecimento em Paris, não sendo por acaso que mais de 4.000 espectadores acorreram ontem ao Palácio de Congressos, onde ficaram a conhecer a 107ª edição, de onde se destaca uma cronoescalada em La Planche des Belles Filles, no penúltimo dia. Já as subidas míticas ao Tourmalet, Galibier, Mont Ventoux e Alpe d’Huez, onde Joaquim Agostinho triunfou em 1979, desapareceram do mapa, causando alguma surpresa.
Mesmo assim, a prova (27 de junho a 29 de julho de 2020) promete na mesma muita montanha, logo na 2ª etapa, e bastante competitividade, dada a qualidade dos protagonistas, como o colombiano Egan Bernal (atual campeão), o britânico Chris Froome (vencedor de quatro edições) ou o francês Romain Bardet (2º em 2016 e 3º em 2017), grandes animadores na história recente da Volta a França. O Tour vai percorrer todas as cadeias montanhosas de França, com subidas longas, variadas e muito empinadas para brindar ciclistas agressivos e os trepadores, com finais muito complicados em Mont Aigoual, Loudenvielle e Laruns (Pirenéus), Ile de Ré, Puy Mary, Grand Colombier, Villard de Lans e Col de la Loze - Méribel (Alpes).
“É brutal, sendo provavelmente o traçado mais difícil dos últimos cinco ou seis anos. Haverá muitas oportunidades”, considerou Chris Froome.
Bernal também ficou agradado: “Gosto das subidas íngremes e o único contrarrelógio termina com uma subida, o que me favorece.” PERCURSO
FROOME E BERNAL AGRADADOS COM PERCURSO, APESAR DE ALGUMAS ETAPAS MÍTICAS DESAPARECEREM DO MAPA