Geringonça ‘made in’ Sporting
OS LEÕES NÃO PODEM (NEM DEVEM) IR A VOTOS SEMPRE QUE ESTÃO EM DESACORDO COM QUEM LIDERA. PARA EVITAR ESSA TENDÊNCIA NÃO PODIAM PENSAR NA FUSÃO DE UMA LISTA COM VÁRIOS IDEAIS?
No dicionário da língua portuguesa, geringonça pode ser “uma construção pouco sólida e que se escangalha facilmente”. Já no léxico político, a tal geringonça (que teve por patrono o irrevogável Paulo Portas, em dezembro de 2015, no Parlamento) foi a solução encontrada na legislatura anterior para que Portugal voltasse a sorrir, enterrando de vez a ‘troika’ e fazendo desaparecer – alguns só agora – figuras que pareciam ter vindo para ficar eternamente. Transposta para o plano desportivo esta solução de sucesso (politiquices à parte) e olhando, friamente, o que se passa no conturbado mundo leonino, não podiam várias tendências tentar contribuir para a implementação de uma geringonça ‘made in’ leão? Aceitando-se que o problema não se resolve com o clube a ir às urnas sistematicamente sempre que uns quantos não gostam da liderança – por muito questionada que seja, como a atual – há condições, ou não, para a existência de um acordo de princípio?
Serão, ou não, os leões capazes de juntar várias correntes
de opinião numa lista de consenso? Uma lista que integrasse nomes como os de Miguel Poiares Maduro, André Dias Ferreira, João Benedito, Marco Caneira, Samuel Almeida, Miguel Albuquerque, Rodrigo Roquette, Gonçalo Fernandes, Rui Calafate, Paulo Andrade, Pedro Baltazar, Rui Rego, José Eduardo ou Carlos Vieira (apenas na SAD), de onde emanaria o novo ‘primeiro-ministro’ podia olhar o futuro? Uma lista virada para a frente, capaz de um pacto de regime com as claques e, de uma vez por todas, reduzir a pós os vários nichos de maledicência que raramente apontam soluções? Sim, a minoria pode ser ruidosa, mas a maioria já não acredita neste CD. Como se viu pelas votações no ato eleitoral e nas AG de 30 de novembro de 2018 e 10 de outubro último. Mais votos, mas menos votantes. E isso é que conta.
E quando o líder perde a compostura
ao considerar ridícula uma pergunta incómoda mas pertinente, percebe-se a falta de argumentos. Para não falar no desconforto que seria mudar o nome ao estádio, unilateralmente. Mesmo que essa mudança tenha a ver com CR7.
AS PERGUNTAS INCÓMODAS TÊM DE
SER SEMPRE RIDÍCULAS PARA OS DIRIGENTES?