Record (Portugal)

RÚBEN SEMEDO NA MIRA

CENTRAL DO OLYMPIACOS AGRADA NA LUZ

- DANIEL LOPES MONTEIRO

O Benfica visita hoje o campo do Cova da Piedade e, antes da pausa para os compromiss­os internacio­nais, os encarnados passavam por um momento menos fulgurante, que motivou as primeiras críticas a Bruno Lage. Na antevisão, o treinador das águias não fugiu à questão e recordou os tempos de... infância. “Sou criticado agora pela primeira vez, mas estou a viver isto desde os meus 6 anos. Sabe como? Através do meu pai [Fernando Lage]. É treinador desde 1986... entre 84 e 86, jogador-treinador. Imagine o que é uma criança com 6, 7, 8 anos estar a viver isso através do seu pai. É já uma bagagem muito forte, é saber muito bem o que é esta profissão. Independen­temente de o meu pai ter sido treinador, e bom - foi campeão no Piedade e tem títulos distritais, quer no Piedade quer no Grandolens­e -, os problemas tanto acontecem a nível distrital como a nível nacional. Já são muitos anos a passar por isto”, afirmou o técnico, de 43 anos, relembrand­o ainda o momento em que viveu uma situação profission­al semelhante à do seu progenitor: “Naquela altura havia as rádios e jornais locais, que faziam uma pressão muito forte. Para se ter uma ideia do nível competitiv­o daqueles campeonato­s, num desses títulos, as três equipas da frente terminaram com 73 pontos e o meu pai foi campeão pela diferença de golos. A título de curiosidad­e, depois de vencermos o FC Porto [na temporada passada], tínhamos dez jogos para terminar o campeonato… e o meu pai passou pelo mesmo e venceu. Portanto, estas vivências acontecem desde os 10 anos”, disse. Lage insiste que pouco ou nada o incomoda. “Tanto as críticas como os elogios passam-me ao lado, porque a concentraç­ão é única: preparar a equipa e vencer o próximo jogo”, realça.

Minimiza o seu novo contrato

A renovação do treinador será discutida na próxima semana, tal como Record adiantou, mas o timoneiro dos encarnados minimiza o tema e realça que lidera um projeto com a sua “cara”. “O mais importante é nós, Benfica, construirm­os uma equipa forte. A minha renovação… a seu tempo falamos sobre isso. Sinto-me muito feliz nesta casa. Já treinei as equipas todas, exceto os infantis. E este projeto é a minha cara. Mas o mais importante é aquilo que se constrói com os jogadores. Temos de reforçar o sentido de responsabi­lidade de segurar os jovens jogadores”. Sobre a situação de Zivkovic, que ainda aguarda a primeira convocatór­ia, o setubalens­e foi evasivo: “Todos os treinos e jogos são oportunida­des. Depois, vou tomando as minhas opções.”

Campo não é desculpa

Apontado a uma “reentrada muito forte, à imagem do que foi feito no início da época”, Lage não se desculpa com as dimensões do José Martins Vieira. “Poderia ser uma dificuldad­e se fosse o campo antigo, que conheci muito bem, uma caixinha pequenina”, brincou o setubalens­e.

“QUEREMOS UMA REENTRADA MUITO FORTE, UM POUCO À IMAGEM DO QUE FIZEMOS NO INÍCIO DA TEMPORADA”

“ZIVKOVIC? TODOS OS TREINOS E JOGOS SÃO OPORTUNIDA­DES. DEPOIS VOU TOMANDO AS MINHAS OPÇÕES”

“O SIGNIFICAD­O DA TAÇA É MESMO ESTE: AS EQUIPAS RECEBEREM OS GRANDES NO SEU ESTÁDIO. É A FESTA”

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BRUNO LAGE
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